A Polícia do Tennessee prendeu, nesta segunda-feira (23), o homem que disparou na madrugada de domingo contra pessoas em um restaurante nos arredores de Nashville (sul dos Estados Unidos), deixando quatro mortos e dois feridos.

“O suspeito do assassinato Travis Reinking está sob custódia. Ele está preso há pouco tempo”, anunciou a Polícia Metropolitana de Nasville em sua conta da rede Twitter.

Ele foi encontrado em uma “área de bosques”, informou a Corporação junto com a divulgação de uma fotografia de Reinking em um carro policial.

A detenção aconteceu graças a “uma informação da comunidade”, disse o prefeito da cidad, David Briley, em uma entrevista coletiva.

Reinking, de 29 anos, foi capturado após uma intensa busca feita pelas autoridades em uma área entre sua casa e o local do crime. “Ele parecia cansado”, informou o tenente da polícia da cidade, Carlos Lara.

O detido enfrenta quatro acusações por assassinato. Com uma fiança estabelecida de dois milhões de dólares, ele deve prestar depoimento nesta quarta-feira em um tribunal.

As autoridades das escolas públicas de Nashville impuseram um “lock-out”, o que implicava que não se recebesse visitantes externos nos colégios do subúrbio de Antioch, onde aconteceu o tiroteio, e em Cane Ridge, nas redondezas.

A polícia advertiu sobre o perigo de Reinking – originário de Illinois -, após o ataque com um fuzil semiautomático AR-15 contra as pessoas do restaurante. Ele chegou seminu ao estabelecimento, vestido apenas com uma jaqueta verde.

As autoridades o rastrearam enquanto ele fugia de casa, onde teria deixado a jaqueta e vestido calças, desaparecendo depois em um bosque próximo dali.

No restaurante, o atirador foi desarmado por James Shaw, de 29 anos, considerado um herói por ter tirado a arma do agressor e tê-lo expulsado do restaurante após uma discussão.

“Não nos encontramos com muitos heróis na vida, sr. Shaw, mas você é um herói. Você é meu herói. Salvou vidas”, disse o diretor do restaurante no domingo (22).

– Antecedentes violentos –

Reinking havia sido preso na Casa Branca em julho de 2017, depois de entrar em uma área proibida, segundo a Polícia.

Ele pediu para ver o presidente Donald Trump e se declarou “cidadão soberano”, termos usados por extremistas antigovernamentais, segundo o jornal “The Tennessean”.

Nos últimos meses, seus familiares haviam manifestado preocupação a respeito da conduta e do estado mental de Reinking, que disse acreditar que a cantora pop Taylor Swift o assediava, informou o jornal “The New York Times”, citando relatórios policiais.

Depois do incidente na Casa Branca, a Polícia confiscou seu porte de armas no estado de Illinois (norte), onde ele vivia. Foi requisitada a entrega de quatro armas, incluindo o rifle semiautomático AR-15 que ele usou no ataque no Tennessee. Os dispositivos foram entregues a seu pai.

De acordo com a Polícia, o pai devolveu as armas apreendidas ao filho. Uma delas não foi encontrada nesta segunda-feira.

O ataque deste domingo resultou na morte de quatro pessoas, e duas ficaram feridas.

As autoridades confirmaram que Taurean Sanderlin, de 29 anos, Joe Perez, de 20, e DeEbony Groves, de 21, morreram no restaurante.

A quarta vítima fatal, Akilah Dasilva, de 23 anos, morreu no hospital.

É a segunda vez em poucos meses que um tiroteio comove Nashville. Em setembro passado, um jovem de 25 anos matou uma pessoa e feriu outras seis em uma igreja da cidade.

Os estudantes que sobreviveram à chacina de Parkland (Flórida) lançaram uma campanha a favor de controles de acesso a armas mais rígidos. O movimento contou com enormes manifestações, e importantes empresas, como a Walmart e a Dick’s Sporting Goods, tomaram iniciativas para restringir a compra de armas em sua lojas.

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