A Igreja católica da Venezuela pediu nesta segunda-feira que adiem as eleições presidenciais de 20 de maio, advertindo que, como estão sendo concebidas, podem resultar em uma “catástrofe humanitária”.

“É urgente sua prorrogação para o último trimestre do ano”, disseram os bispos do país em um comunicado que denuncia o agravamento da crise política e socioeconômica.

O presidente Nicolás Maduro, que tentará a reeleição, disse que pode “chover, trovejar ou relampear”, mas as eleições serão celebradas em 20 de maio.

Os religiosos ecoaram os argumentos da oposição de que essas eleições – cuja campanha começou no último domingo – não oferece “garantias suficientes” para ser confiável.

“Longe de oferecer uma solução para a crise vivida no país, (essas eleições) podem agravá-la e levar a uma catástrofe humanitária sem precedentes”, acrescentou a declaração.

A Igreja também pediu ao governo que enfrente “sem mais demora” a escassez de alimentos e medicamentos e a hiperinflação -que, segundo o FMI, este ano superará os 13.800%.

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Maduro e altos funcionários do governo costumam desqualificar os pedidos da Igreja ao considerar que a instituição atua como “um partido de oposição”.

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