O presidente armênio, Armen Sarkisian, foi, neste sábado (21), à praça da República, no centro da capital Erevan, para se encontrar com Nikol Pachinian, líder das manifestações contra o primeiro-ministro, que chegam ao seu nono dia consecutivo.

Ao chegar ao local, Sarkisian, acompanhado de seus seguranças, estendeu a mão do também líder da oposição, e ambos por conversaram por cerca de dez minutos.

O presidente Sarkisian, que fez seu juramento na semana passada e não tem parentesco com seu antecessor no cargo, Serzh Sarkisian, alvo dos protestos após ser designado primeiro-ministro, pediu em um comunicado que “todo mundo pare para refletir sobre as consequências deste confronto”.

A última manifestação contra Serzh Sarkisian reuniu milhares de pessoas.

Após dez anos na Presidência, os deputados votaram nesta terça-feira a nomeação de Serzh Sarkisian como primeiro-ministro.

A Constituição armênia proíbe que o presidente faça mais que dois mandatos, mas Sarkisian mandou votar em 2015 uma controversa reforma para dar a maior parte dos poderes ao primeiro-ministro. A oposição condenou a reforma, temendo que Sarkisian se aproveitasse dela para continuar à frente do país.

O novo presidente, Armen Sarkisian, tinha se declarado disposto a se reunir com Pachinian e atendeu neste sábado ao pedido de ir ao local dos protestos.

Diante dos manifestantes, Nikol Pachinian afirmou que, durante a conversa com o presidente, tinha aceitado negociar com as autoridades. Contudo, disse que tinha insistido que as negociações se centrem exclusivamente na saída de Serzh Sarkisian e que se celebrem em um “território neutro”, como o luxuoso hotel Marriott, situado perto dali.

Pachinian já tinha rejeitado, neste sábado, um chamado de Serzh Sarkisian para um “diálogo político”.

“Serzh Sarkisian não consegue avaliar a nova situação que se criou nos últimos dias […]. A Armênia e a Erevan que ele conhece já não existem”, garantiu Pachinian na tarde deste sábado diante dos manifestantes.

mkh-mp/neo/sgf/pb/ll/mvv