As forças sírias intensificaram nesta sexta-feira seus bombardeios contra o campo de refugiados palestinos de Yarmuk, no sul de Damasco, em uma tentativa de desalojar os jihadistas do grupo Estado Islâmico.

“As forças do regime intensificaram seus bombardeios contra várias partes de Damasco controladas pelo EI, especialmente Hayar al Aswad e o campo de Yarmuk”, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

Sobre a zona de Yarmuk se elevam colunas de fumaça após os ataques aéreos e de artilharia contra zonas do campo de refugiados.

A ofensiva busca erradicar os “grupos terroristas” da região de Damasco, destacou a agência oficial SANA.

Após ter recuperado, na semana passada, o controle total de Ghuta Oriental, último bastião rebelde na região de Damasco, o regime dirige sua atenção às zonas de resistência ao sul da capital, a maioria sob controle do Estado Islâmico desde 2015.

Os jihadistas responderam aos bombardeios disparando mísseis contra os bairros vizinhos, matando um civil nesta sexta-feira, segundo o OSDH.

A SANA informou que cinco pessoas ficaram feridas. Na quinta-feira, os ataques mataram quatro pessoas e feriram outras 52.

A Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) declarou estar “profundamente preocupada com o destino dos civis” diante dos “bombardeios, disparos de mísseis e dos violentos confrontos no interior do campo de refugiados e seus arredores”.

A UNRWA calcula que no campo de Yarmuk há 6 mil refugiados palestinos e outros 6 mil em seus arredores.

Segundo o OSDH, o regime quer aumentar a pressão sobre o EI através dos bombardeios após o fracasso das negociações para a evacuação de seus combatentes.

A organização jihadista perdeu importantes partes do território que controlava com seu “califado”, autoproclamado em 2014 em uma ampla zona entre Síria e Iraque.