Mesmo com um jogador a menos em grande parte da partida, o São Paulo foi aguerrido e voltou da Argentina com empate sem gols contra o Rosario Central, nesta quinta-feira, pelo jogo de ida da primeira fase da Copa Sul-americana.

Rodrigo Caio levou o vermelho direto aos 35 minutos da primeira etapa, mas o Tricolor Paulista soube segurar a pressão adversária no estádio Gigante Arroyito e levou a decisão para o segundo jogo.

O jogo teve todos os temperos imaginados para um duelo entre Brasil e Argentina em competições continentais. Faltas duras, catimbas de ambas equipes e duas expulsões, depois de Carrizo levar o vermelho aos 36 da segunda etapa.

A partida de volta vai ser disputada no dia 9 de maio, no Morumbi. O São Paulo precisa vencer para se classificar, enquanto um empate sem gols leva para as penalidades. Se empatar com bola na rede, o time paulista fica pelo caminho.

– Pressão argentina –

Empurrado pela torcida, o Rosario chegou com perigo logo no primeiro minuto de jogo, aproveitando vacilo da zaga brasileira. Marco Rubén recebeu na entrada da área e bateu firme com a perna esquerda, assustando o goleiro Sidão.

Os argentinos ditavam o ritmo da partida e tinham as melhores chances, apostando na pressão dentro e fora de campo. Numa das oportunidades mais claras, aos 26, Lovera cobrou falta perigosa e exigiu grande defesa do goleiro Tricolor.

A resposta do time paulista veio aos 28, com Nenê aproveitando a bola perdida após tentativa de tabela enter Militão e Regis. O veterano invadiu a área pelo lado direito e chutou cruzado, parando na defesa do goleiro.

Aos 35 minutos, o que era pressão da torcida virou um caldeirão. Em dividida pelo alto, Rodrigo Caio subiu com os braços abertos e acertou o rosto de Marco Rubén. Apesar do lance não parecer uma cotovelada intencional do zagueiro, a falta foi marcada e o árbitro expulsou o jogador brasileiro.

– Clima tenso –

Na volta do intervalo, o São Paulo voltou fechado com duas linhas de quatro na defesa. Os donos da casa, apesar de terem um homem a mais, não conseguiam encontrar espaços e ficavam com uma posse de bola inofensiva, muitas vezes jogando para a área no desespero.

Aos 15 minutos, os argentinos chegaram pelo lado direito em cruzamento de Gómez que foi na cabeça de Rúben. O atacante testou firme, mas Sidão fez boa defesa.

Três minutos depois, o São Paulo teve sua maior chance no jogo. Tréllez recebeu na frente sozinho entre os zagueiros, esperou a chegada dos companheiros e passou para Nenê. O camisa 7 ajeitou o corpo e bateu de canhota da entrada da área, acertando em cheio o travessão.

O lance deu um gás para o Tricolor Paulista, que passou a pisar no campo de ataque com mais frequência. Mas o clima pesado da partida, muito pegada e cheia de faltas, travava as ações de ambas equipes.

O Rosario até conseguiu balançar as redes aos 27, mas o árbitro marcou falta na disputa pelo alto entre Sidão e Zampedrini, da qual a bola saiu limpa para Rubén marcar, e o lance foi anulado.

Aos 36, Carrizo fez falta em Militão e levou o segundo cartão amarelo para ser expulso e deixar as equipes em igualdade de condições dentro de campo. O jogo ficou mais nas provocações entre os jogadores do que com a bola rolando e o árbitro encerrou o duelo.