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Maior torcida do Brasil – são mais de 30 milhões, segundo o Ibope –, os flamenguistas têm passado maus momentos com o time no Campeonato Brasileiro. Caso a má fase perdure, uma alternativa para os fanáticos rubro-negros pode ser trocar o Maracanã por Jacarepaguá. O clube carioca é o primeiro não-europeu convidado para disputar a Superleague Fórmula, uma categoria de automobilismo que promete levar alguns dos maiores times do mundo às pistas. Milan, da Itália, Porto, de Portugal, e Borussia Dortmund, da Alemanha, estão entre as sete equipes já comprometidas com os organizadores, que divulgam a competição como uma espécie de Copa dos Campeões (maior campeonato de futebol interclubes da Europa) motorizada.

Na proposta, os times de futebol cedem suas marcas para a categoria e não terão que investir dinheiro nas equipes. Com participações nas receitas de televisão, patrocínios e licenciamentos, a Superleague acena com a possibilidade de cada um receber até US$ 5 milhões por temporada. “Além dos benefícios econômicos, é uma excelente oportunidade para divulgar internacionalmente a marca Flamengo e aumentar as possibilidades de negócios”, diz Ricardo Hinrichsen, diretor de marketing do clube. Os chassis e os motores (V12, com 750 cavalos de potência) dos carros serão idênticos. O Flamengo indicará pilotos para o seu cockpit (rubro- negros de coração terão preferência) e planeja uma apresentação da sua máquina para a torcida no Maracanã, talvez no final do ano, quando outra equipe sul-americana deverá aderir à competição. Um protótipo foi exibido recentemente apenas para o anúncio do acordo com a Superleague.

A primeira temporada está programada para acontecer entre agosto e novembro de 2008, mas o calendário ainda não foi anunciado. Para tornar sua realização viável, a categoria precisa atrair grandes patrocinadores e confirmar pelo menos mais dez times no grid. A idéia, por sinal, não é nada original. Em 2001, um de seus responsáveis, o empresário inglês Robin Webb, participou do lançamento da Premier-1 GP, que também quis levar tradicionais times de futebol aos circuitos europeus. Dois anos mais tarde, com a falta de patrocinadores e a falência da empresa que faria os carros, os organizadores abandonaram o projeto sem que uma única corrida fosse realizada. O site oficial da Superleague diz que nunca nada parecido foi visto. É verdade – mas só porque a primeira tentativa foi um fracasso retumbante.


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