É sempre extraordinário quando a história  e o futuro se encontram. Quando isso acontece na nossa terra de origem e no nosso tempo de vida, é ainda mais único e feliz.

200 anos depois, num momento em que as relações entre Portugal e o Brasil estão num dos melhores momentos de sempre, regressar a Coimbra e à universidade, um dos santuários da independência do Brasil, celebrando essa amizade, é ainda mais auspicioso.

Há mais de dois anos, ter uma ideia, escolher as pessoas que podiam escolher quais os os 200 livros que podiam contar a história de 200 anos e prever o futuro do Brasil, teve a capacidade de unir e juntar instituições.

Ms essa ideia hoje transformou-se numa grande responsabilidade e o  “200 anos, 200 livros”, é hoje apoiado oficialmente pelas autoridades que, em Portugal e no Brasil, têm a seu cargo a missão de comemorar o bicentenário da independência

O projeto, que começou por ser apenas uma ideia de curadoria, hoje conta com o apoio de mais de 20 instituições em Portugal e no Brasil e tem 15 desdobramentos que vão muito além da literatura.

Há cinema, música, teatro, fotografia, exposições e conferências, constituindo-se numa grande ação de comemoração que vai perdurar no tempo muito para além dos 200 anos da independência.

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Todo este movimento tem por base um facto surpreendente: a imagem que o Brasil tem de Coimbra é ainda melhor que a imagem que tem de Portugal – que já é muito boa. Isso é um ativo que Coimbra tem de aproveitar.

É verdade que a Universidade, é uma instituição central na cultura e no conhecimento no universo de língua portuguesa – e está intimamente ligada à independência do Brasil – mas é sobretudo a nova energia de quem hoje gere a cidade que nos dá esperança.

É dessa energia que a cidade, e a própria universidade, precisam para poder abraçar os desafios práticos de um futuro global que já não condescende com atrasos institucionais nem salamaleques de ocasião.

Poder, 200 anos depois, celebrar em Coimbra, em simultâneo com a Universidade e a Cidade um acordo de cooperação com a União Brasileira através do Senado Federal, com a benção do Instituto Camões e a presença de ilustres personalidades – seis embaixadores, dois senadores, muitos empresários interessados na nova energia de que falo –  é uma oportunidade que não se pode perder.

A mim, poder ajudar a minha Alma Mater e minha cidade, com a minha experiência de mais de 15 anos de trabalho no Brasil, a encontrar novos caminhos e soluções para o crescimento neste mundo globalizado, é uma missão e um privilégio que cumpro com grande prazer.

Porque, mais que ser às casa de uma universidade com reputação em terras de Vera Cruz, Coimbra pode ser uma porta de entrada natural para investimento Brasileiro no exterior, não só em Portugal mas em toda a Europa.

Saber que a nova gestão da nossa cidade e a incubadora do Instituto Pedro Nunes querem criar as condições necessárias para que seja  fácil aos empresários e investidores brasileiros criarem operações internacionais a partir de Coimbra, é decisivamente animador.

Agora só é preciso que os costumeiros velhos do Restelo não adormeçam na Cabra da universidade e Coimbra não perca mais uma vez o comboio da história.

Que ninguém falte ao nosso encontro com o futuro!


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