CIDADE DO VATICANO, 6 MAR (ANSA) – A Pontifícia Academia para a Vida recebeu nesta sexta-feira (6) a informação de que o primeiro caso de coronavírus no Vaticano teria participado de um congresso entre os dias 26 e 27 de fevereiro no país. “Um dos participantes dos eventos de 26 a 27 de fevereiro apresentou resultado positivo no teste da Covid-19”, diz a nota da academia. Como precaução, o Dicastério da Igreja Católica disse que, “por considerar que, no momento, não se deve excluir outras possibilidades [ de casos], informou todos os participantes dos eventos por-email, de acordo com os critérios e normas de segurança”.   

No mês passado, a Pontifícia Academia para a Vida promoveu uma série de atividades sobre a necessidade de um compromisso ético com a crescente difusão de algoritmos e inteligência artificial na vida humana. Nos workshops, que contaram com a presença de especialistas de todo o mundo, alguns gigantes de Tecnologia da Informação (TI), como IBM e Microsoft, assinaram um “apelo à ética”, posteriormente apresentado ao papa Francisco. O primeiro caso de contaminação por coronavírus no Vaticano foi confirmado hoje pelo porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni. De acordo com Bruni, as autoridades vaticanas já alertaram a Itália e ativaram os protocolos sanitários previstos para esse tipo de caso. O menor país do mundo já havia adotado controles mais rígidos em seus principais acessos para impedir contágios pelo novo coronavírus Lugares como a Casa Santa Marta e o ex-mosteiro Mater Ecclesiae, onde residem, respectivamente, o papa Francisco e Bento XVI, ganharam atenção especial. O objetivo do Vaticano é limitar o máximo possível os contatos com Jorge Bergoglio, que tem 83 anos, e Joseph Ratzinger, 92.   

Francisco está resfriado desde a semana passada e cancelou boa parte de seus compromissos nos últimos dias, inclusive um retiro espiritual com a Cúria. A Santa Sé ainda estuda fazer o Angelus do Papa no próximo domingo (8) apenas por vídeo, de modo a reduzir a presença de fiéis na Praça São Pedro.   

Até o momento, a epidemia já contaminou mais de 4,6 mil pessoas na Itália, segundo balanço divulgado pela Defesa Civil nesta sexta-feira (6), e matou 197. (ANSA)