Fábio Barbosa
Presidente da Febraban

O presidente da Federação Brasileira de Bancos e do Santander protagonizou um fato inusitado em fevereiro de 2008. O Santander comprou o Real, mas os espanhóis escolheram a ele, então presidente do Real, para comandar a fusão entre os dois bancos.

Quem conhece Fábio Barbosa entende bem o porquê da surpreendente decisão. O executivo segue à risca o lema: “trabalho, profissionalismo e persistência”, que emprega também na Febraban. Pela defesa do planeta, Fábio Barbosa ganhou o rótulo de banqueiro verde e em 2009 será personagem importante para representar o setor financeiro no enfrentamento da crise.

 José Fogaça
Prefeito reeleito de Porto Alegre

A vitória obtida nas urnas aumentou o peso político do peemedebista José Fogaça, que, embora derrame elogios a Dilma Rousseff, quer que seu partido tenha candidatura própria à sucessão de Lula. “Não enxergo o PMDB a reboque de ninguém.

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O protagonismo do partido nesse processo deverá ser decisivo”, posiciona-se. Não trabalha pelo menos por enquanto e de forma visível, por nomes específicos. Provocou risos em uma entrevista ao comparar o cenário federal com a eleição na sua cidade:

“Acho a Maria do Rosário uma excelente candidata, mas votei em mim e não nela.” Em 2004, ele já tinha conseguido uma vitória significativa ao interromper 16 anos de hegemonia petista em Porto Alegre.

Antonio Fernando de Souza
Procurador-geral da República

O procuradorgeral da República, Antonio Fernando de Souza, ganhou fama em 2007 com a denúncia que fez contra os envolvidos no Mensalão. Este ano, ele apresentou 13 denúncias, três delas contra senadores. Circuns pecto, prefere manter distância de holofotes e microfones. É procurador de car reira e gosta da velha máxima do Judiciário: “Falo nos autos”, afirma. Em julho de 2009 termina seu segundo mandato à frente da Procuradoria e, embora haja a possibilidade de continuar no cargo, diz que não está preocupado com a renovação do mandato, mas, sim, com as questões administrativas do Ministério Público.

Michel Temer
Presidente nacional do PMDB

O PMDB elegeu neste ano mais de 20% dos prefeitos das cidades brasileiras. São nada menos que 1.201 prefeituras, sendo sete capitais, 17 municípios com mais de 200 mil habitantes. Ao todo, esses prefeitos administrarão um orçamento de R$ 47,4 bilhões. Esse desempenho é uma das jóias da coroa de Michel Temer na presidência do PMDB. Habilidoso, ele conseguiu estabelecer, a partir da reeleição de Lula, uma relação institucional entre o governo e o partido (até então, a relação era mais pessoal, a partir da interlocução com os senadores José Sarney e Renan Calheiros). Essa situação trouxe mais previsibilidade e tranqüilidade ao governo quanto ao apoio do seu principal parceiro no Congresso. Para 2009, Temer pretende dar um novo salto. Trabalha para se tornar a partir de fevereiro o presidente da Câmara dos Deputados, cargo que já ocupou entre 1997 e 2000.

Gilberto Carvalho
Assessor especial da Presidência da República

Assessor especial da Presidência da República, Gilberto Carvalho é duro na queda. Recentemente, a PF abriu inquérito para investigar se ele teria passado informações a Luiz Eduardo Greenhalgh sobre Daniel Dantas. Teólogo e filósofo, Carvalho é o homem de confiança do presidente da República, quase uma sombra de Luiz Inácio Lula da Silva. Seu poder pode ser facilmente aferido no quarto andar do Palácio do Planalto, onde o presidente Lula despacha. Nada nem ninguém chega ao gabinete presidencial sem antes passar por ele.

É Carvalho quem recebe e filtra as cartas e presentes encaminhados a Lula. A proximidade com o chefe deverá lhe render a condução para o maior cargo do petismo, a presidência nacional da sigla, nas eleições do partido que acontecerão em novembro de 2009. Carvalho já conta com a bênção do presidente para derrotar as facções de esquerda da sigla.


Antônio de Lima Neto
Presidente do Banco do Brasil

À frente do Banco do Brasil, Antônio Francisco de Lima Neto tem a missão de recuperar para a instituição bicentenária o primeiro lugar no sistema bancário do País, perdido após a fusão do Itaú com o Unibanco. Sem fazer alarde, em 2008 deu passos importantes nessa direção, como a compra da Nossa Caixa, de São Paulo, por R$ 5,38 bilhões. Funcionário de carreira, ele começou a trabalhar no BB aos 14 anos, em 1979, no programa Menor Aprendiz. Entre as várias funções que exerceu, foi diretor de Leasing, superintendente em Tocantins e em Belo Horizonte e vice-presidente de Varejo. Assumiu a presidência do banco em dezembro de 2006. Outra das metas permanentes de Lima Neto é tornar o BB tão eficiente quanto os concorrentes. “O banco público que não é eficiente transforma-se em ônus para a sociedade”, diz.

Luciano Coutinho
Presidente do BNDES

Ao assumir a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em junho de 2007, o economista Luciano Coutinho foi recebido com grande esperança pelos empresários. Conhecedor profundo do mundo dos negócios e da máquina pública, o professor da Unicamp certamente saberia como abrir as portas do banco estatal para os grandes projetos. Inicialmente, ele preferiu armar sua equipe e organizar a casa para, em seguida, pôr suas idéias em andamento. A quatro mãos com o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, elaborou uma ambiciosa proposta de política industrial. Ocupou também lugar de destaque na equipe que está administrando o PAC. Coutinho viu seu peso no governo Lula crescer ainda mais quando surgiram os primeiros sinais da crise internacional. O BNDES tornou-se o braço mais forte da estratégia de combate oficial às ameaças de contágio da economia brasileira. Encarregado de manter abertos os canais de crédito, o BNDES desembolsou mais de R$ 85 bilhões em 2008 e deve superar os R$ 90 bilhões no ano que vem.


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