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A ideia é antiga, muito antiga. E já alimentou a imaginação de gênios da ficção científica como Arthur C. Clarke, autor do clássico “2001: uma Odisseia no Espaço”. Agora, graças aos avanços da ciência e à ousadia de investidores japoneses, o tão sonhado elevador espacial finalmente pode sair do papel. Desde que foi anunciado, há duas semanas, o projeto criado pela empreiteira Obayashi – uma das maiores do Japão, responsável pela construção da nova Tokyo Sky Tree, uma torre de 634 metros de altura – deixou os aficionados pelo espaço salivando. Mas há quem duvide da história.

Os cientistas consideram a ideia do elevador espacial viável desde os anos 90, depois do advento dos nanotubos de carbono, minúsculas estruturas cilíndricas capazes de formar um cabo resistente e longo o bastante para chegar ao espaço. Com o anúncio dos planos japoneses, a comunidade científica discute agora se uma previsão tão longínqua não pode ser apenas um blefe. Coincidentemente, o custo estimado da obra não foi divulgado.

De qualquer forma, o conceito apresentado em Tóquio, que prevê a construção para 2050, dá detalhes animadores da máquina. Projetado para levar até 30 passageiros, o veículo viajaria numa velocidade média de 220 km/h, alcançando uma estação espacial localizada a 36 mil quilômetros da Terra. Acoplado a um cabo de nanotubos de carbono, ele usaria motores magnéticos para se locomover. Ao chegarem à estrutura construída no espaço, os viajantes ficariam hospedados em um hotel e teriam a chance de visitar laboratórios científicos nos quais estudos sobre o cosmos devem ser realizados.

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No entanto, alguns blogueiros especializados duvidam do plano, alegando que a tecnologia atual ainda é incapaz de viabilizá-lo. Marc Boucher, do site thespaceelevator.com, é um deles: “Como outras empreiteiras japonesas, a Obayashi gosta de anunciar planos visionários e de longo prazo. Se a ideia não sair do papel logo, talvez, um dia, eles mostrem que estão falando sério”, resumiu o especialista. Só nos resta esperar.

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A CABO
O conceito de elevador espacial apresentado por uma empreiteira japonesa


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