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NA MIRA
Vasconcelos disse ter ouvido “piadinhas” com o
propósito de levá-lo a aderir ao plano: “Não me vendo”

Durante um ano e nove meses, eles negaram qualquer envolvimento com o sumiço e suposto assassinato de Eliza Samúdio. Mas agora, um dos crimes mais rumorosos dos últimos tempos ameaça passar por uma reviravolta. Dois dos principais acusados, o ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes, 28 anos, e seu amigo Macarrão, apelido de Luis Henrique Romão, 35, estariam em vias de mudar as versões. O advogado Wasley César Vasconcelos, que deixou a defesa de Macarrão na segunda-feira 12, disse à ISTOÉ que os advogados de Bruno tentam convencer seu ex-cliente a assumir a culpa sozinho. Assim, o ex-goleiro sairia da cadeia, se reapresentaria ao Flamengo, onde tem contrato até dezembro, e voltaria a receber R$ 200 mil de salário e R$ 150 mil do patrocinador. Com o dinheiro na mão, bancaria os custos para também tirar o amigo da prisão. “Ele (Macarrão) foi pressionado. Não estou dizendo que vai aceitar fazer isso pelo Bruno ou quem quer que seja”, afirmou Vasconcelos. “Tentaram algum tipo de manobra, que ficou mais patente numa gravação telefônica em que o advogado Rui (Rui Caldas Pimenta, que defende Bruno) conversa com outro advogado e deixa claro que isso é uma estratégia”, complementa. Mas o novo advogado de Macarrão, Leonardo Cristiano Diniz, não está disposto a entrar nesse jogo. Em nota enviada à ISTOÉ, ele “rechaça veementemente” a possibilidade de Macarrão assumir o crime.

As alegações de Pimenta são “totalmente descabidas, infundadas e fantasiosas”, segundo Diniz, que promete insistir na tese da inocência de Macarrão. Bruno é que deveria explicações à Justiça pelo sumiço da ex-amante. Vasconcelos disse ter ouvido “piadinhas” com o propósito de levá-lo a aderir ao plano. “Não me vendo. Não me procuraram porque conhecem meu caráter, sou cristão. Mas ouvi piadinhas assim: ‘O Bruno tem potencial econômico, doutor! Os outros não têm.”’ De seu lado, o advogado do jogador, Rui Pimenta, diz não ter dúvidas da inocência dele: “Bruno entrou nessa de gaiato. O Macarrão é o responsável por toda essa confusão”, disse à ISTOÉ. Ele diz que Bruno deu R$ 30 mil a Eliza e pediu a Macarrão para levá-la até um ponto de táxi. Por iniciativa própria, o antigo amigo teria ido com ela até o sítio do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, onde Eliza teria sido assassinada e esquartejada.

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NOVA VERSÃO
Agora, a defesa de Bruno diz que Macarrão
mandou matar Eliza, que teria sido esquartejada

O Flamengo não quis se pronunciar sobre o suposto retorno de Bruno. Mas o diretor-executivo de comunicação do clube, Bernardo Monteiro, confirmou o vínculo do jogador. Bruno e Macarrão foram condenados a quatro anos e meio de prisão pelo sequestro e tentativa de aborto de Eliza — que deu à luz Bruno em 10 de fevereiro de 2010.  

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