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DIANA
A heroína Katniss (Jennifer Lawrence) é imbatível no arco e flexa

Sempre eficiente ao moldar gostos e gerar eventos midiáticos, Hollywood elegeu com pompa e investimentos de US$ 100 milhões o seu novo blockbuster juvenil: “Jogos Vorazes” (que estreia na sexta-feira 23), baseado no bestseller da escritora americana Suzanne Collins. Promete ser o assunto na semana de lançamento e por mais quatro anos, já que a saga foi concebida para ter quatro episódios nos moldes de “Crespúsculo” – e substituí-lo no gosto do público. Não se espere, contudo, uma nova briga entre lobisomens e vampiros. Passada em um futuro impreciso e num país que outrora foi os EUA, o filme mostra uma sociedade totalitária em que adolescentes são obrigados a disputar um jogo de sobrevivência, evento anual acompanhado ao vivo como um reality show. A diferença é que ninguém está brigando por um prêmio milionário, mas pela própria vida.

Numa aposta arriscada, a superprodução traz como personagem central uma garota, Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) – meninos são resistentes a filmes com heroínas. Habitante do Distrito 12 (o país chamado Panem é dividido em regiões assim numeradas), Katniss se oferece para substituir a irmã menor sorteada para participar da violenta disputa. Cada distrito é representado por dois jovens numa competição televisionada que se revela uma mistura de espetáculos de gladiadores e rituais de sacrifício de sociedades arcaicas. Ou seja: um BBB em que os brothers usam punhais, lanças e flechas. Nos livros, esse mix agradou aos amantes de enredos ligeiros. No cinema, contudo, ele não ganha consistência. Tal sociedade futurista, onde uma elite exótica festeja o poder subjugando a população, não é bem apresentada e muito menos o jogo de vida ou morte que ela celebra. Mas a onda em torno do filme já está formada, e seu efeito promete ser avassalador nas bilheterias.

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