Real Madrid deu um drible na crise financeira mundial para voltar a seus tempos galáticos. Em apenas uma semana, sacudiu o mundo do esporte ao fazer duas contratações espetaculares. Primeiro foi Kaká, uma das principais estrelas da Seleção Brasileira, comprado do Milan, da Itália, por 65 milhões de euros (cerca de R$ 177 milhões). Seria a segunda maior do futebol mundial, apenas atrás da compra de Zinedine Zidane, em 2001, pelo próprio Real, ao custo de 74,5 milhões de euros. Mas na quinta-feira 11, no entanto, veio a notícia mais bombástica: melhor jogador do mundo, o português Cristiano Ronaldo foi liberado pelo Manchester, da Inglaterra, para atuar no clube madrilenho, por 93 milhões de euros (R$ 257 milhões). Faltam apenas pequenos acertos entre o jogador e o clube, que devem acontecer nos próximos dias. De longe, este é o recorde no mercado mundial da bola.

No início da década, o Real era o clube da moda, por concentrar estrelas como David Beckham, Ronaldo e Zidane – os galáticos. Com o passar do tempo, acabou sendo superado pelo rival Barcelona, que hoje detém a hegemonia do futebol espanhol. Para voltar aos bons tempos, a diretoria do clube resolveu investir alto nos jogadores que receberam a Bola de Ouro da Fifa em 2007 e 2008. Kaká já fez exames e deu entrevista como jogador do Real.

"Pretendo fazer história na Espanha", afirmou ele, que assinou contrato até 2015. É o que esperam os cartolas do clube de Madri, a julgar pelo valor desembolsado. Kaká receberá 9 milhões de euros (cerca de R$ 25 milhões) por ano. Por jogo, irá ganhar R$ 370 mil, quantia superior aos salários mensais de todos os jogadores em atuação no Brasil, à exceção de Ronaldo.

O salário de Cristiano Ronaldo será ainda mais estratosférico: 11,3 milhões de euros por ano (R$ 31 milhões de reais), o que resulta em R$ 456 mil por cada atuação do jogador portugês.