O prefeito Sérgio Stasinski (PT) sabe que Gravataí, município localizado há menos de 30 quilômetros de Porto Alegre, deixou de ser uma cidade dormitório para tornar-se uma alternativa de qualidade de vida. Para manter esse status, que está atraindo o mercado imobiliário de luxo, Stasinski não se acomoda nos confortáveis números de sua popularidade.

Ele arregaça as mangas para reestruturar a saúde da cidade e investir pesado em infra-estrutura. Desde fevereiro, o município assumiu a gestão plena da saúde e implantou o Programa de Saúde da Família, uma política incentivada pelo governo federal, que, segundo ele, assistirá no mínimo 80% da população (235 mil habitantes) até o fim de seu mandato.

O prefeito, que no ano passado investiu 40% do orçamento em educação e 19% em saúde, ressalta que não há crianças fora da sala de aula da primeira à oitava séries. E mais: “Somos o único município do Estado que distribui material escolar.” Mas a determinação atual de Stasinski é asfaltar ruas e criar espaços públicos. “Há poucos anos, Gravataí era dotada de uma infra-estrutura ridícula. Temos dado grande ênfase ao setor. Conseguimos asfaltar mais de 100 ruas (cerca de 30 quilômetros). Investimos na manutenção de áreas populares”, afirma ele, que construiu 17 praças e recuperou outras seis, reabilitando os espaços públicos de lazer e ampliando a prática de esportes.

A situação geográfica da cidade, que abriga a fábrica da GM, favorece a atividade industrial, mas prejudica dois outros importantes setores arrecadadores: comércio
e serviços. “As pessoas fazem compras na capital e isso provoca uma evasão
de recursos para a prefeitura. Precisamos atrair investimentos para esses setores, como, por exemplo, a vinda de um shopping center. Definitivamente isso mudaria
a configuração de Gravataí”, analisa. A cultura está inserida nesse contexto. Aumento do número de salas de cinema e teatro também seriam alternativas para que as pessoas “saíssem da cidade por opção não por necessidade”. A expansão do mercado imobiliário anima o prefeito. “Temos os menores índices
de criminalidade da região e uma das menores taxas de mortalidade infantil do
País. Por isso, empreendimentos consagrados como Alphaville já estão em fase
de urbanização”, comemora.