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A primeira aparição da Seleção Brasileira em 2012 teve minutos iniciais de muito otimismo, um erro do goleiro Júlio César que atrapalhou a evolução da equipe nacional e uma dose de sorte para que a vitória fosse alcançada. Em amistoso realizado na cidade suíça de St. Gallen, o Brasil foi coroado com um gol contra nos acréscimos do segundo tempo para superar a Bósnia-Herzegovina por 2 a 1, mantendo uma sequência positiva do time de Mano Menezes.

Marcelo colocou o Brasil rapidamente em vantagem, abrindo o placar aos 3min depois de receber livre um passe de Daniel Alves na área e de chutar cruzado. No entanto, apesar do domínio verde e amarelo na posse de bola, o gol que selou o empate na primeira aparição da Seleção em 2012 não demorou muito a sair: após uma falha de marcação, Ibisevic igualou aos 12min, com uma grande contribuição de Júlio César em uma bola aparentemente defensável. Hulk, que havia entrado no segundo tempo, deu a vitória ao Brasil depois de chutar cruzado aos 45min e contar com um desvio infeliz de Papac contra a própria meta. A Seleção Brasileira só voltará a se apresentar daqui a três meses, quando terá pela frente uma sequência de quatro jogos a partir do final de junho – quando terá tempo para realizar muito mais treinos do que a rápida sessão tática que Mano Menezes organizou na segunda-feira, com apenas 20 minutos e mais um rachão.

Em 26 de maio, a Seleção encara a Dinamarca na cidade alemã de Hamburgo. Em seguida, a equipe de Mano Menezes parte para os Estados Unidos, com três amistosos: contra o país anfitrião em Maryland em 30 de maio, depois contra o México em Dallas no dia 3 de junho e, por fim, realiza o clássico com a Argentina seis dias depois, em Nova Jersey.

O Brasil, que não sofre uma derrota desde que levou 3 a 2 da Alemanha em amistoso em agosto de 2011, ao menos defendeu uma invencibilidade de oito jogos – com sete vitórias e um empate neste período. Desde então, a Bósnia foi a melhor equipe que a Seleção encarou: o país do Leste Europeu é o 19º colocado do ranking da Fifa.

O jogo

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Em um primeiro tempo movimentado, Brasil e Bósnia marcaram apenas um gol cada, mas as chances desperdiçadas mostraram que o placar poderia ser mais dilatado. Com Dzeko e Neymar comandando as jogadas ofensivas, os brasileiros tinham mais posse de bola, mas os bósnios eram mais perigosos nos contra-ataques.

A Seleção teve um início promissor. Pressionando os bósnios, abriu o placar aos 3min. Neymar tentou o drible, caiu no chão, mas não desistiu. Conseguiu recuperar a bola caído, e Daniel Alves prosseguiu a jogada. Penetrou pelo meio e, quando estava cercado por sete bósnios, abriu na esquerda para Marcelo. O camisa 6 entrou em velocidade na área e chutou cruzado e rasteiro. A bola ainda pegou na trave antes de entrar.

Mesmo com o gol, o Brasil continuou com domínio do campo, mas não conseguia evoluir. Insistindo em tabelas pelo meio, parava quase sempre em um passe errado. Ronaldinho jogou mais recuado no meio, armando o time, mas pouco criou. Neymar era o mais produtivo do ataque brasileiro e esteve perto de marcar o segundo brasileiro em um rápido contra-ataque. Foi parado com um carrinho.

Quando teve sua primeira chance, aos 12min, a Bósnia não desperdiçou. Ibisevic pegou a bola livre na intermediária e avançou livremente, sem combate dos volantes e com Thiago Silva e David Luiz apenas assistindo à evolução do bósnio. O chute perto da meia-lua não saiu forte, mas Júlio César falhou, tocando na bola antes de ela entrar no gol.

O Brasil ainda teve próximo do gol em duas jogadas que terminaram nos pés de Hernanes. Jogando aberto pela direita, com participação pouco efetiva, teve duas chances de centroavante. Na primeira, pegou rebote em chute de Leandro Damião com o gol aberto, mas foi atrapalhado pela zaga na hora de finalizar contra a meta aberta e mandou para fora. Na segunda, não alcançou um cruzamento.

Mais incisiva, a Bósnia teve duas chances agudas que começaram nos pés de Dzeko. Na primeira, o astro da seleção avançou com tranquilidade pela direita, nas costas de Marcelo, e cruzou com perfeição para Misimovic. O camisa 10 pegou muito embaixo da bola, mesmo em ótima posição para marcar. Já no último lance do primeiro tempo, Pjanic chutou forte da entrada da área para defesa de Júlio César.

Trocas, resultado e sorte

A segunda etapa começou mais truncada na AGF Arena, com o Brasil encontrando mais dificuldades para se aproximar do gol adversário – enquanto isso, a Bósnia se tornou uma rival incômoda para a defesa verde-amarela, que chegou a ser ameaçada com finalizações (erradas) dos europeus.

Restou a Mano Menezes iniciar as substituições logo aos 12min, com uma troca de volantes: Sandro saiu e deu lugar a Elias. A mexida mais contundente saiu aos 20min, quando Paulo Henrique Ganso entrou no lugar de Ronaldinho, minutos antes do meia Hernanes ser trocado pelo atacante Hulk.

Mais ofensivo e criativo, o Brasil passou a dar trabalho para a defesa bósnia no segundo tempo, depois de boas jogadas de Elias e Ganso. Na primeira, aos 25min, o meia santista realizou bom passe para Marcelo, que realizou duas fintas para o meio da área para ganhar ângulo, mas finalizou com a perna direita e foi travado.

Três minutos depois foi a vez de Elias municiar Neymar, com um bom lançamento em profundidade. O camisa 11 invadiu a área e se livrou da marcação com um drible que ao mesmo tempo deixou a bola em sua perna direita, mas pecou na finalização: com pouca força e angulação, facilitando para o goleiro bósnio.


Mano ainda tentou renovar o espírito ofensivo do Brasil colocando Lucas no lugar de Leandro Damião. O são-paulino teve duas oportunidades de desempatar a partida nos minutos finais, mas não obteve sucesso: aos 39min, errou a bola serpenteando na grande área e, aos 44min, se livrou de quatro marcadores, mas chutou cruzado para fora. O gol que decretou a vitória brasileira, entretanto, saiu pouco depois de o relógio estourar os 45 minutos regulamentares do segundo tempo. Hulk chutou para a área e levou a sorte de a bola desviar na canela de um desatento Papac e morrer no fundo das redes.


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