i119738.jpg

Esqueça as minissaias, os tops e as viseiras. A última moda entre as musas das quadras de saibro são as fitas adesivas azul, preta e cor da pele. Versão fashion do tradicional esparadrapo branco, coladas ao corpo por meio de uma técnica oriental que previne e trata lesões, elas já haviam sido vistas nas jogadoras de vôlei da seleção americana durante os Jogos Olímpicos de Pequim, no ano passado. Mas agora, com a adesão de tenistas do porte – e do charme – de Maria Sharapova, Ana Ivanovic e Roberta Vinc, têm tudo para virar tendência entre os esportistas. As atletas entraram nas quadras do Torneio de Roland Garros, na França, na semana passada, exibindo o acessório colado nos ombros, joelhos e pernas.

Apesar de ser novidade sob o ponto de vista estético, a bandagem funcional já faz parte da medicina esportiva há alguns anos.

"A técnica é uma herança oriental, que vem sendo estudada pelos ocidentais há pelo menos uma década", diz Gerseli Angeli, fisioterapeuta do Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte da Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp). Os massagistas dos principais clubes de futebol brasileiros também recorrem à fita adesiva. "Ela é usada para estimular o músculo, diminuir a sobrecarga e evitar lesões", explica Gerseli. O recurso é usado como parte do tratamento de um machucado no músculo ou tendão. E é uma ótima opção durante os torneios, pois o atleta lesionado não precisa ser imobilizado e pode seguir competindo.

i119740.jpg     i119742.jpg

MANIA Da esq. para a dir., Roberta Vinc, Ana Ivanovic e Maria Sharapova transformam esparadrapo em adereço

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Em tese, a bandagem pode ser feita com qualquer tipo de esparadrapo. Diferentemente dos emplastros, elas não têm medicamento em sua composição. A vantagem das fitas modernas é aderir melhor e soltar mais fácil, sem ferir a pele. O segredo dessa técnica milenar está na maneira como as bandagens são colocadas sobre o músculo. "Ela é mais eficiente quando feita por um fisioterapeuta ou massagista esportivo", explica Gerseli. "Ele saberá a maneira correta de favorecer a função do músculo para evitar lesões ou limitar movimentos que possam agravar determinado machucado."

Segundo especialistas, o funcionamento da fita lembra muito o de uma joelheira, com a vantagem de poder ser feita manualmente. Enquanto há poucos tamanhos do acessório industrializado no mercado, a bandagem é produzida sob medida. A chegada das versões coloridas era só o que faltava para conquistar de vez as atletas.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias