Há milhares de anos, bordéis são lugares associados ao mundo masculino. Foram criados para os homens desfrutarem de ofertas de luxúria pagas à vista. A novidade é que começam a despontar as versões femininas desses templos de prazer. E adivinhe quem está por trás de um barulhento empreendimento no setor, deixando os conservadores americanos de orelha em pé? Sim, ela mesma, Heidi Fleiss, 39 anos, mais conhecida como Madame Hollywood. Ela anunciou que vai voltar a explorar os lucros da profissão mais antiga do mundo. Seu novo negócio é um bordel exclusivo para mulheres, em Nevada, Estados Unidos.

Batizado de Heidi’s Stud Farm, é um palácio com palmeiras, cachoeiras, muito mármore, um spa e luxuosos bangalôs. Vinte garotões sarados estarão à disposição da clientela, por US$ 250 a hora. O Heidi’s Stud Farm está localizado na periferia de Pahrump, em Nevada, o único Estado americano a permitir a operação legal de bordéis. “Será um oásis no deserto”, diz Heidi, que fechou um acordo com o canal a cabo HBO para que fosse registrado, passo a passo, o nascimento do negócio. Mais um dinheirinho para a conta de Madame Hollywood, que deu a volta por cima depois de um escândalo. Para quem não lembra, ela foi presa durante 21 meses por evasão de impostos e lavagem de dinheiro, após a revelação de sua rede de prostituição para famosos como o ator Jack Nicholson. Fora da cadeia, virou consultora sexual de luxo, lançou livros, um site, um sex shop e aditivos sexuais com o nome de VigRX.

Mesmo cercado de badalações, o bordel feminino de Heidi não é o primeirodo gênero no mundo. Na Austrália, o negócio vingou. O Daily Planet, aberto em Melbourne, deu tão certo que tem até ações na Bolsa de Valores. Também foi o primeiro do gênero a atrair investidores. Na festa do bordel australiano para o mercado, Madame Hollywood foi convidada de honra. Heidi confia tanto na intuição que o primeiro contratado para prestar serviço nos bangalôs foi o ator americano Lester James Brandt, 37 anos, não por acaso seu ex-namorado. Quem não gostou da história são as tradicionais prostitutas de Nevada, que provocam o time da cafetina. “A gente atende dez ou mais clientes por dia. Não sei se eles conseguirão, mesmo com Viagra”, ironiza a profissional Debbie Rivenburgh. Está lançado o desafio.