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Menos de mil pessoas moram em Peaks Island, ilha de Portland, no Estado americano do Maine. Algo próximo dos cerca de 650 turistas que, nos meses de verão, visitam o Museu da Capa de Guarda- Chuva. Criado em 1996 pela musicista Nancy 3. Hoffman, ele funciona numa lojinha, na rua principal da localidade. Pequenos e improvisados, museus como esse exibem as mais inusitadas coleções e se multiplicam, especialmente nos Estados Unidos. Há o do Assento de Privada, da Menstruação, dos Patins, da Salsicha… "Um dia me dei conta de que guardava as capas de todos os guarda-chuvas que havia comprado na vida. Resolvi abrir o museu depois de furtar uma dessas capas em uma loja", contou Nancy à ISTOÉ. Hoje, o local tem aproximadamente 650 itens de 39 países, organizados por temas – estampas sexy, de animais, flores. A entrada é gratuita e a fundadora conta com doações para manter seu acervo. Sem patrocínio, apoio de instituições, governos ou Ongs, muitos cidadãos resolvem perpetuar em exposições objetos banais, aparentemente sem atrativo algum, para a posteridade. No lugar onde mora, LaDora Ousley criou o Museu da Lancheira, em New Plymouth, no Estado americano de Ohio. Dispostos em temas (séries de tevê, filmes, personagens de quadrinhos, entre outros), os 900 itens vieram de 175 países. Cerca de 300 pessoas visitam o local mensalmente. "A história da cultura pop americana é contada assim.

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Uma das paredes traz 60 anos de séries de tevê em lancheiras", disse LaDora. Ela e o marido ajudam a contextualizar as peças. Esse é um dos diferenciais desse tipo de exposição: visitas intimistas normalmente guiadas pelos fundadores apaixonados pelo tema. Assim é no Museu da Batata, em Albuquerque, no Estado do Novo México (EUA), e no Museu do Assento de Privada, fundado na garagem de casa por um encanador aposentado que decorou, com rostos de famosos e paisagens, entre outras ilustrações, os mais de 800 assentos hoje em exposição em San Antonio, no Texas.

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Interagir com o público também é o objetivo do Museu da Arte Ruim, em Massachusetts, EUA. Através de seu site, os internautas dão título e interpretação para as obras de arte ruins – muitas vindas do lixo. "Ainda não tive problemas com a Justiça. As pessoas até gostam quando descobrem uma obra delas aqui", afirmou Louise Sacco, diretora do museu. O acervo mais estranho é o do designer gráfico americano Harry Finley. Ele fechou o Museu da Menstruação, em Washington – atualmente virtual. "Queria mantê-lo, mas não consegui doadores", acrescentou. Não é difícil entender o porquê.

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