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A diferença de preço de um mesmo produto da lista de material escolar pode chegar a 258,49%, segundo pesquisa do Procon de São Paulo. A pesquisa foi realizada de 19 e 21 de dezembro.

Conforme o levantamento, a maior diferença foi encontrada no apontador de lápis retangular com depósito para lascas. O item custava R$ 1,90 em um estabelecimento e foi encontrado por R$ 0,53 em outro, diferença de R$ 1,37. O lápis preto nº2 foi outro item que apresentou grande diferença, de até 163,16%. Em um estabelecimento ele custava R$ 1 e, em outro, R$ 0,38. 

Para o Procon, a zona leste foi a região com os melhores preços por produtos. Cento e quarenta e três produtos foram pesquisados, em dez estabelecimentos localizados em cinco regiões de São Paulo. A loja Japuíba, na região Norte, foi o que apresentou a maior quantidade de produtos com menor preço (38). 

Segundo o Procon, a pesquisa tem como principal objetivo fornecer ao consumidor uma amostra das diferenças de preços que ele pode encontrar e, com isso, chamar a atenção para a necessidade da comparação antes da compra. 

Impostos

Todo início de ano é a mesma coisa. Os reajustes das mensalidades e a compra de material escolar contribuem como um dos itens mais pesados para a inflação e, em alguns casos, dificultam o acesso de brasileiros à educação, de acordo com o presidente executivo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), João Eloi Olenike. 

Levantamento do IBPT sobre os principais itens que compõem o material escolar mostra que 47,49% do preço de uma caneta se referem a impostos federal, estadual e municipal. Essa é a carga fiscal mais alta, segundo o estudo. Nos livros, a carga de impostos chega a 15,52%. Para Olenike, no cômputo geral, a carga é pesada e o contribuinte deve cobrar providências das autoridades para a desoneração desses produtos. 

O instituto criou uma ferramenta eletrônica chamada Lupa no Imposto para que o contribuinte possa ter uma ideia de quanto os tributos representam no valor final de cada produto. Basta acessar a ferramenta pela internet, fazer o cadastro, buscar o produto e inserir o preço pago para que o sistema calcule o valor dos tributos. 

A incidência de impostos é alta em produtos como a régua (44,65%), a agenda escolar e a borracha (43,19%). Em seguida, aparecem o tubo de cola (42,71%), estojo para lápis (40,33%), pastas plásticas (40,09%), lancheira (39,74%), mochila (39,62%), fichário (39,38%), folhas para fichário e papel sulfite (37,77%), tintas guache (36,13%) e plástica (36,22%), mais lápis e papel pardo (34,99%).