MARCO AURéLIO MELLO, ministro do STF autor da liminar contra o CNJ.
ISTOÉ – Causou surpresa a forte reação social à sua liminar que limita o poder do CNJ?
Mello – Foi uma reação fortíssima, mas, como estou há 33 anos na magistratura, já criei uma couraça e não me abalo. Os leigos que não atinam para os valores democráticos deveriam ler meu voto.
ISTOÉ – Qual a expectativa para a votação no plenário do Supremo?
Mello – Não vejo como os ministros possam divergir do que consignei. O CNJ não pode substituir 90 corregedorias dos tribunais e ser um poder totalitário.
ISTOÉ – A ministra Eliana Calmon tem recebido apoio de muita gente. Isso o incomoda?
Mello – A atitude dela de generalizar acaba provocando o que é nefasto, a fragilização do Judiciário.