A reportagem de capa desta edição de ISTOÉ vai além da reprodução de registros históricos. A leitura atenta dos fatos ocorridos há quase meio século mostra que o ex-presidente Juscelino Kubitschek não se transformou em um mito admirado até hoje por conta de suas promessas de campanha, nem tão-somente em razão de seus inúmeros atributos pessoais. JK, invocado por todos os que pretendem disputar a sucessão presidencial no segundo semestre deste ano, representa, na verdade, a personificação de um plano de metas que, embora tenha gerado uma inflação anual de 30,5%, foi capaz de transformar um país agrário e atrasado em uma sociedade industrial e urbanizada, com uma economia crescendo em torno de 8% ao ano. No mesmo período (de 1956 a 1960), o salário mínimo aumentou 36%, mais de 20 mil quilômetros de estradas foram abertos e a produção nacional de petróleo saltou de dois milhões de barris por ano em 1955 para 30 milhões em 1960. Mais do que um projeto de poder, JK carregava consigo um projeto de país. Essa é a base de sustentação do mito. Mais do que discutir nomes, o Brasil quer discutir projetos, quer discutir planos de metas e desenvolvimento. Para isso, nossas páginas estão abertas.

TIME Inc. – Nesta edição, ISTOÉ inaugura um acordo editorial sem precedentes no mercado brasileiro. Passa a oferecer com exclusividade a seus leitores o conteúdo de TIME, a revista mais influente do mundo, com uma tiragem semanal de 4,2 milhões de exemplares. Uma publicação atenta a tudo o que acontece no planeta, que já em 1956 mostrava que no Brasil havia um presidente com um projeto e que acreditava em seu país. Naquele ano, JK foi tema de uma das capas da revista americana. Como Juscelino, ISTOÉ acredita no Brasil e aposta no desenvolvimento. O acordo da Editora Três com a Time Inc. é um exemplo disso.