O Egito arde, de novo e literalmente. Os confrontos entre forças de segurança e manifestantes que exigem a saída do conselho militar que controla o país desde o fim do regime de Hosni Mubarak fizeram mais uma vítima: foi incendiado o edifício do Instituto do Egito, centro cultural fundado no século XVIII por Napoleão Bonaparte e que reunia cerca de 190 mil documentos sobre a antiguidade do país. Enquanto voluntários tentavam em vão recuperar parte do acervo destruído no interior do instituto, do lado de fora do prédio manifestantes conseguiram transpor os muros erguidos pelo Exército em uma frustrada tentativa de resguardar os edifícios do governo. A escalada da violência na semana passada se deve à divulgação de imagensda repressão por parte das Forças Armadas.