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Ao vivo Obama, Hillary e a cúpula da segurança dos EUA
acompanham a ação que culminou na morte de Bin Laden

"Foram os 38 minutos mais tensos de minha vida", afirmou Hillary Clinton, a secretária de Estado americana, sobre a operação militar que localizou e matou no Paquistão o líder do grupo terrorista Al-Qaeda, Osama bin Laden. “Não tenho ideia do que estava vendo no momento em que tiraram a foto.” Na imagem à qual Hillary se refere, ela está cobrindo a boca com a mão direita, num gesto de apreensão, na sala de crise da Casa Branca. Ao lado do presidente Barack Obama e da cúpula de segurança dos Estados Unidos, Hillary acompanhou ao vivo cada detalhe da ação. Chegava ao fim a maior caçada humana da história recente, iniciada em setembro de 2001, quando 19 terroristas, seguindo ordens de Bin Laden, sequestraram quatro aviões em pleno voo e provocaram o maior atentado já realizado em território americano. De imediato, a tragédia provocou a morte de 2.753 pessoas.

Quase dez anos depois, quando o corpo de Bin Laden foi levado de helicóptero pelo comando americano para ser lançado no Mar da Arábia, Obama anunciou ao mundo: “A justiça foi feita.” Instantaneamente, as ruas de Nova York, a cidade mais atingida pelo atentado de 2001, foram ocupadas por pessoas que comemoravam o fim do líder da Al-Qaeda gritando “USA! USA!”

Embora tenham se registrado críticas ao modo como a operação se desenvolveu – e à ausência de um julgamento –, as primeiras reações foram de que o mundo se tornara um lugar mais seguro.

Mas, logo em seguida, veio o temor de que células da Al-Qaeda espalhadas pelo mundo vingassem com sangue o líder morto. Esse medo de novos atos terroristas se intensificou em setembro, durante a inauguração do memorial às vítimas de 2001, no lugar antes ocupado pelas Torres Gêmeas do World Trade Center. Os potenciais ataques não aconteceram e dois outros personagens essenciais na hierarquia da Al-Qaeda também acabaram mortos – o especialista em explosivos Atiyah Abd al-Rahman e o clérigo Anwar al-Awlaki.

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