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PREVENÇÃO Alunos da área de saúde da FMU atendem no Ibirapuerai143058.jpg

A sociedade civil está se mobilizando para vencer a batalha contra a gripe suína. Esses esforços têm dado resultado: o número de casos confirmados caiu de 490 para 35 entre 30 de agosto e 12 de setembro, segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde na quinta-feira 17. Mas o Brasil segue líder mundial em mortes pelo vírus H1N1. Nas últimas semanas, o registro de óbitos avançou de 657 para 899. Diante deste quadro, as iniciativas para combater a doença ainda são importantes. Uma delas foi a 8ª Ação de Saúde, realizada pela Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) em parceria com o Instituto Emílio Ribas, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, no fim de semana de 12 e 13 de setembro. O evento teve o objetivo de informar a população sobre prevenção, sintomas, estágios da gripe, diagnósticos e produção de vacinas.

"É legal porque alerta o povo, tem muita gente mal-informada. Nós paramos de ir ao shopping e a outros lugares fechados. Por enquanto só em casa e lugar aberto", disse a dona de casa Cristiane Spósito Carlik, mãe de dois filhos, um de 4 anos e outro de 1 ano e 3 meses, que aproveitou o passeio no parque para se informar a respeito da gripe. As pessoas recebiam atendimento básico, como medição de pressão arterial, além de poder visitar dez estandes interativos com demonstrações de tratamento. "Vim ajudar e acho importante. É bom as pessoas se cuidarem um pouquinho melhor", disse a ginasta Daiane dos Santos, aluna de educação física da FMU.

"Nossa instituição está cumprindo a vocação de participar de coisas importantes para o País. Nós temos que falar, a gripe suína hoje é um fato. Estamos aqui para cooperar com o governo e mais ainda com o povo de São Paulo", disse Edevaldo Alves da Silva, presidente da FMU. Durante a ação, o governador de São Paulo, José Serra, anunciou que o Instituto Butantan produzirá as vacinas contra o vírus H1N1 a partir de 2010. A estimativa é fabricar cerca de 4,5 milhões de vacinas por mês. "A epidemia melhorou agora, mas vai voltar no segundo trimestre do ano que vem. Teremos que ter vacinação", alertou.

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Além da FMU, o combate ao avanço da gripe suína também mobilizou outras instituições. Com 250 mil alunos, 215 unidades e 5,3 mil professores, o Serviço Social da Indústria de São Paulo (Sesi-SP) elaborou três cartilhas e realizou 1,2 mil palestras em 80 centros educacionais para 45 mil pessoas. "A saída é educar para a saúde", afirma Silvia Helena March, diretora da divisão de saúde da rede.

FOTOS: DIVULGAÇÃO/FMU; MURILLO CONSTANTINO/AG. ISTOÉ