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Rodrigo Sant’Anna e Thalita Carauta: bordões, jeito escandaloso e fala engraçada conquistaram o País

Elas chegaram acanhadas ao “Zorra Total”, da Rede Globo, e ficavam apenas alguns minutos no ar a cada noite de sábado. Com o tempo, os bordões, o jeito ­escandaloso, os olhos revirados da transexual Valéria (Rodrigo Sant’Anna) e a fala engraçada da amiga Janete (Thalita Carauta) fizeram com que personagens e atores crescessem na programação e sacudissem o humorístico. O sucesso da dupla no quadro “Metrô Zorra Brasil” é tanto que, seis meses depois, Valéria e Janete e a personagem Dil Maquinista (Fabiana Karla), inspirada na presidente Dilma Rousseff, fizeram do trem o principal cenário do programa – o quadro agora tem quase 40 minutos de duração. No último sábado, “Zorra Total” bateu o recorde de audiência ao atingir 28 pontos – e média de 22 –, uma prova de que a mudança foi acertada. “Estamos entrando no 13º ano de programa e é tudo o que poderíamos esperar de melhor”, comemora o diretor da atração, Maurício Sherman.

Nem tudo são elogios. “Zorra Total” é criticado por seu humor muito popular e, não raro, também alvo de preconceito. Suas piadas, contudo,
são repetidas no País inteiro. “Buscamos ­fazer um ­humor de entendimento fácil. Nossa estética é de alcance popular”, defende Sherman. A necessidade de renovação fez com que o programa se consagrasse ao longo dos anos como ponta-de-lança de novos talentos do humor na emissora, ao mesmo tempo que conta com veteranos no elenco, como Chico Anísio. Construído até ­então em cima de esquetes independentes, a unidade proporcionada pelo metrô é a receita do sucesso atual, segundo o diretor: “O quadro é rico em conteúdo e personagens e pode ser explorado de diferentes formas”, afirma.

Com a resposta da audiência, é natural se pensar em novos trilhos para “Metrô Zorra Total” e transformá-lo em um programa independente, como aconteceu com o “Os Caras de Pau”, com Marcius Melhem e Leandro Hassum. Sant’Anna, intérprete de Valéria, nega e se diz satisfeito com a grande repercussão do seu personagem no formato atual.

“É algo que eu já experimentava no teatro e que foi potencializado na tevê”, diz o ator. Preocupada com a velocidade do sucesso, Thalita, sua parceira em cena, é cautelosa: “Estamos vivendo um momento muito bacana, mas mantemos os pés no chão.”

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