A alta comissária para Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Navi Pillay, condenou nesta quarta-feira (23) a atuação das forças de segurança egípcias contra os manifestantes que protestam na Praça Tahrir, no centro do Cairo. A estimativa é que 33 pessoas tenham morrido e mais de 2 mil tenham ficado feridas em três dias de manifestações no país. Hoje é o quinto dia de confrontos.
A comissária pediu ainda um inquérito independente a respeito das mortes. "Peço às autoridades egípcias que encerrem o uso claramente excessivo de força contra os manifestantes na Praça Tahrir e em outros lugares do país, incluindo o aparente uso indevido de gás lacrimogêneo, balas de borracha e munição", informou Pillay, em um comunicado.
No Egito, os manifestantes reivindicam o fim do governo da Junta Militar, que assumiu o controle do país desde a queda do presidente Hosni Mubarak – em 11 de fevereiro. Para os civis, os militares mantêm privilégios e ações que marcaram o governo Mubarak.