23/11/2011 - 12:06
De 2008 para 2009, as regiões Nordeste e Centro-Oeste aumentaram suas participações no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 0,4 ponto percentual cada. As duas regiões chegaram a 13,5% e 9,6% de participação no PIB, respectivamente. No período, a participação caiu no Sudeste (0,7 ponto percentual) e nas regiões Norte e Sul (0,1 ponto percentual cada), segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta quarta-feira (23).
Conforme a pesquisa, a economia brasileira é concentrada basicamente em oito Estados que detinham no período 78,1% do PIB. São Paulo detinha a maior fatia, com 33,5%, equivalente acerca de R$ 1 trilhão.
Entre 2008 e 2009, Rondônia foi o Estado brasileiro que teve o maior crescimento em volume (7,3%) do PIB e o Espírito Santo registrou a maior queda (-6,7%). Em 2009, o menor PIB per capita brasileiro foi o do Piauí, de R$ 6.051,10, enquanto a média nacional foi de R$ 16.917,6. O maior foi registrado no Distrito Federal (R$ 50.438,46).
As regiões que aumentaram a participação no PIB entre 2002 e 2009 foram o Centro-Oeste (0,8%), Nordeste (0,5%) e Norte (0,3%). As três regiões totalizavam 26,4% do PIB em 2002 e passaram a representar 28,1% do total em 2009, de acordo com o IBGE. Para o instituto, o avanço da fronteira agrícola, os incentivos regionais, a maior mobilidade das plantas industriais, além do avanço de novas classes consumidoras, são alguns dos fatores que influenciaram no avanço de participação desses Estados, que estão fora do eixo sul e sudeste, no PIB de 2002-2009.
Os maiores Estados do Nordeste, Pernambuco e Bahia, foram responsáveis pelo bom desempenho do Nordeste. Entre 2008 e 2009, os melhores resultados no Centro-Oeste foram os de Goiás e Distrito Federal. Em Goiás, a alta foi decorrente do bom desempenho da indústria e agropecuária. A região Sudeste perdeu 0,7 ponto percentual de participação em relação a 2008 devido ao mau desempenho dos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, que tiveram queda de, respectivamente, 0,4, 0,5 e 0,1 ponto percentual.
Concentração
Oito estados ainda concentravam 78,1% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional em 2009. Apenas o estado de São Paulo concentrou um terço do PIB brasileiro, com 33,5% de participação na economia nacional. Outras unidades da Federação que lideraram a participação no PIB foram o Rio de Janeiro (10,9%), Minas Gerais (8,9%), o Rio Grande do Sul (6,7%), Paraná (5,9%), a Bahia (4,2%), o Distrito Federal (4,1%) e Santa Catarina (4%).
As cinco maiores economias do país, em 2009, mantiveram a posição de 2008. O estado da Bahia assumiu a sexta colocação no ranking, ocupando a posição que era de Santa Catarina em 2008.
São Paulo foi o estado que mais ganhou participação no PIB de 2008 para 2009 – passou de 33,1% para 33,5%. Já Rio de Janeiro e Minas Gerais foram os estados que mais perderam participação. A parcela do Rio na economia nacional caiu de 11,3% para 10,9%, enquanto a de Minas Gerais diminuiu de 9,3% para 8,9%.