Depois de gravar e participar de quase 150 discos e receber oito prêmios Grammy, o guitarrista americano George Benson ainda tem fôlego para continuar sendo o rei do jazz easy-listening e lotar teatros e estádios. Suas armas são a voz privilegiada, a guitarra semi-acústica que dedilha com uma intimidade hendrixiana e o charme retrô. A começar pelo bigodinho que aprendeu a cultivar nos bares
de Pittsburgh, Pensilvânia, onde nasceu há 60 anos. Benson oferece este
kit completo pelas dez faixas de Irreplaceable (Universal Music), no qual se apresenta cercado apenas de um coro feminino, baixo, bateria e preciosos teclados vintage, entre eles órgãos Hammond e pianos Rhodes.

Músicas como a latina Strings of love ou as derramadas Six play, Stairway to love, Cell phone, Black rose e a faixa título são adornadas por arranjos em que cada nota chega a cintilar como purpurina. Tal imagem nasceu em 1976, quando lançou Breezin’, o primeiro álbum no qual se assumiu cantor. Até então, o guitarrista era considerado herdeiro direto de Wes Montgomey, um gênio do jazz instrumental. Hoje, até mesmo os mais puristas tiram o chapéu para Mr. Benson, o jazzman de sua geração que mais discos vendeu em todo o mundo.