(Baretto, São Paulo, de 26 a 28) – Nova-iorquino até a medula e há 15 anos visitando regularmente o Brasil, o cantor e pianista abre seu recital com Wilkommen, do filme Cabaret, dando a tônica da noite. Ou seja, músicas de cinema interpretadas por um cantor de cabaré. E logo volta aos anos 30, cujos compositores e respectivos standards fizeram parte de sua juventude. Ao som do piano e da voz de Ross, a platéia parece ver Fred Astaire cantando as canções de Irving Berlin para O picolino (1935), ou dos irmãos George e Ira Gershwin para Vamos dançar (1937). Lembra também de James Stewart introduzindo Cole Porter em Born to dance (1936). Com a mesma fleuma, o intérprete abre espaço a outros marcos musicais como The way you look tonight, de Ritmo louco (1936), ou os “recentes” Everybody’s talkin’, de Perdidos na noite (1969), e New York, New York (1977). Além de cantar, Ross é um grande pianista. Reproduz no instrumento os intrincados arranjos originais de orquestra, auxiliado pelos músicos da casa, Mutinho (bateria) e Wilson (contrabaixo), uma exigência do americano, que encerra seu show com Over the rainbow, de O mágico de Oz (1939). Trata-se de uma ótima oportunidade para o público brasileiro, porque o do Backstage, piano-bar da Broadway, e do lendário Oak Room, do Algonquin Hotel, assim como as platéias européias e asiáticas, costumam ouvir mr. Steve Ross de joelhos. (Luiz Chagas)
Não perca

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Cinema
E sua mãe também

(cartaz nacional na sexta-feira 30) – Tenoch Iturbide (Diego Luna) e Julio Zapata (Gael Garcia Bernal) são dois “charolastras”, amigos farristas e inseparáveis da Cidade do México. Para tentar seduzir Luisa (Maribel Verdu) – bela espanhola casada com seu primo –, Iturbide a convida para conhecer uma praia selvagem. Leva a tiracolo o amigo, claro. A viagem cheia de imprevistos gera um ótimo road movie, que mescla as descobertas existenciais dos garotos a flashes de um México fora dos clichês turísticos. Fez muito bem o diretor Alfonso Cuarón em dar uma pausa na sua asséptica produção hollywoodiana – vide A princesinha e As grandes esperanças – e resolver filmar em seu país natal uma história atual e sem hipocrisias. (Ivan Claudio)
Vale a pena

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DVD

 
Branca de Neve e os sete anões

 

Divulgação
Branca de Neve e os sete anões: aula de animação

(Walt Disney Classics) – Inteiramente restaurado, o primeiro longa-metragem de animação dos estúdios Walt Disney chega ao formato digital para marcar o centenário de seu criador, a ser comemorado no dia 5 de dezembro. Criada em 1937, a história da doce princesa, perseguida pela madrasta por ser a mais bela do reino, ficou datada, mas ainda emociona e faz rir com sua ótima fusão de canto e desenho em tecnicolor. Para aumentar o interesse da garotada, o menu interativo apresentado pelo espelho mágico oferece várias opções. Além de um game passado na mina de diamantes dos sete anões, o conteúdo traz um videokê da música Heigh ho, um clipe de Barbra Streisend cantando o tema Someday my prince will come e o curta-metragem A deusa da primavera, que serviu de teste para os graciosos movimentos de Branca de Neve. Mas o melhor mesmo é o making of com os bastidores da criação do clássico – verdadeira aula de animação cinematográfica. (Ivan Claudio)
Assista até o fim