Alto-astral é alto-astral. Coragem é coragem. O ex-presidente Lula deu na semana passada uma aula de altivez diante das vicissitudes da vida e antecipou-se aos efeitos inevitáveis da quimioterapia a que se submete para tratamento do câncer na laringe: pediu à sua mulher, Marisa Letícia, que lhe raspasse o cabelo e a barba de três décadas – vestindo uma camiseta de campanha de prevenção ao câncer da mama, ela executou a missão com a firmeza da companheira de todas as horas. Para que esperar que a alopecia venha aos poucos a emprestar ao paciente um ar de vítima e inspirar em quem o vê a impressão de decrepitude? Nada disso. Lula já começou a vencer a doença com essa atitude. A quimioterapia judia. Mas coragem é coragem, alto-astral é alto-astral, e Lula é Lula.  


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