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A crescente pressão da crise econômica na Itália, que viu o seu nível de endividamento atingir nesta segunda-feira (7) um patamar recorde desde que o país adotou o euro, pode levar à renúncia do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, informa a agência AP. A informação foi negada pelo gabinete dele.

Apesar dos rumores de que a renúncia poderia ser anunciada ainda nesta segunda, Berlusconi afirmou que a notícia não passa de uma especulação infundada, informou um assessor à rede americana CNN.

"Falei há um instante com o presidente (do Conselho) Berlusconi que me disse que os rumores sobre sua demissão não têm nenhum fundamento", afirmou Fabrizio Cicchitto à agência AFP, chefe do bloco de deputados do partido governista PDL.

Segundo a AP, a Itália se tornou o novo foco da crise de débito da eurozona. Com uma dívida enorme e crescimento lento, a Itália seria um país muito caro para ser resgatado. Investidores pressionam o governo italiano para aprovar medidas urgentes que estimulem o crescimento do país e reduzam a dívida, mas a maioria de Berlusconi no Parlamento se enfraquece a cada dia.

Antre os líderes europeus, segundo a AP, há uma preocupação crescente de que Berlusconi é um problema porque ele não seria mais capaz de comandar os parlamentares para aprovar as mudanças rápidas que a Europa e autoridades financeiras internacionais acreditam que Roma precisa realizar para evitar que o país não passe por uma dramática crise como a Grécia vem passando.