O ouro da Seleção Brasileira masculina de ginástica artística na última terça-feira (25) foi confirmado da forma mais esperada: com uma exibição espetacular de Diego Hypólito em seu aparelho favorito, o solo, acabando com qualquer chance de Porto Rico alcançar a equipe nacional. Nome mais conhecido da equipe, o ginasta, 25 anos, negou que tenha sido o destaque da conquista e lembrou que a ginástica do País nunca teve uma geração tão boa, capaz de substituir um atleta por outro sem perda de qualidade.

"A gente tem que treinar muito, a equipe masculina mundialmente é muito concorrida. Mas se a gente continuar com esse pensamento, esse foco, todos os atletas determinados, a gente tem grandes possibilidades (de ir bem na Olimpíada de 2012)", torceu Diego. "É uma equipe nova, faltou ainda o Mosiah Rodrigues e o Victor Rosa, que são excelentes atletas, que poderiam estar na Seleção principal. Nunca aconteceu isso na ginástica, de um sair e ter outro da mesma altura para substituir", emendou.

"Isso é bom porque você faz os atletas que estão dentro não se sentirem totalmente seguros dentro da Seleção, sabendo que eles têm que treinar para manter aquele resultado. Nunca aconteceu isso na ginástica masculina. É uma geração nova e que tem tudo pra conseguir bons resultados não só na Olimpíada de Londres, mas na Olimpíada do Rio", completou, de olho também na competição de 2016.

O bom nível de todos os seis ginastas da Seleção foi comprovado nitidamente na prova por equipes. Diego foi o melhor do solo, Arthur Zanetti brilhou nas argolas, Sérgio Sasaki foi bem em todos os aparelhos e acabou como o melhor ginasta no individual geral. Para Hypólito, o fato de um atleta ser capaz de "salvar" outro que fosse mal foi fundamental para o ouro – dos cinco que se apresentam em cada aparelho, apenas as quatro melhores notas contam para a pontuação do time.

"Eu estava um pouco nervoso na hora da barra porque o Francisco (Barreto) tinha falhado e a gente precisava da minha nota", admitiu. "Meu objetivo não era de competir barra, a gente já tinha combinado: ‘vai todo mundo acertar a barra e eu não vou competir’. Aí quando o Francisco errou eu falei: ‘ai meu Deus, o que eu vou fazer?’. Entrei um pouco cansado para o solo, tentei fazer meu melhor e tirei uma excelente nota. Estou muito satisfeito e essa medalha não é só do Diego, é de toda a equipe brasileira".