Até o que é tradicionalmente visto como um ato de paz – ou pelo menos de solução negociada – pode acabar virando pólvora quando o assunto é Israel e Palestina. Foi assim com o histórico intercâmbio de prisioneiros entre o Hamas e o governo de Benjamin Netanyahu que se materializou na semana passada. A libertação de Gilat Schalit em troca de 1.027 presos palestinos inflamou radicais dos dois lados: o Hamas se aproveitou da situação para declarar-se vitorioso sobre o Fatah de Mahmoud Abbas. Por seu lado, Netanyahu e o partido Likud não tardaram em se posicionar como artífices do retorno do jovem herói. Os extremos se reforçam. A temperatura sobe.