A escritora JK Rowling, criadora da série Harry Potter, faz raras aparições em público e sua participação na mídia, com artigos assinados, é tão comum quanto encontrar um duende. Mas, recentemente, ela deixou a reclusão de sua mansão na Escócia, onde vive, e embarcou no projeto Children’s High Level Group, para melhorar a vida de crianças no Leste Europeu. No domingo 5, Rowling publicou no jornal inglês The Sunday Times o texto Minha luta, em que relata seus esforços para combater os maus-tratos a menores com deficiências físicas e mentais na Europa. “A pior coisa no mundo é o encarceramento”, escreveu.

Rowling condena a manutenção de pacientes em camas com grades numa instituição para doentes mentais em Praga. A escritora ficou tão chocada que disparou cartas para o governo tcheco e para os políticos escoceses. E, junto com a deputada escocesa Emma Nicholson, que tem um projeto com jovens romenos vítimas da ditadura de Nicolae Ceaucescu, partiu para o novo trabalho. A escritora visitou a Romênia, em janeiro, para ver de perto o problema. Lá, uma garota perguntou quem era R.A.B., um dos mistérios do sétimo e derradeiro Harry Potter, que está escrevendo. Todos riram. “Dei uma risada um pouco trêmula. A aparente normalidade deles era quase insuportavelmente tocante.”