04/10/2011 - 17:24
O ministro da Educação, Fernando Haddad, garantiu nesta terça-feira que a greve dos Correios não vai prejudicar a entrega das provas em todos os locais que receberão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Pelo menos cinco milhões de candidatos devem fazer as provas, marcadas para os dias 22 e 23 de outubro.
Durante audiência na Comissão de Educação do Senado sobre o Enem, Haddad disse que os Correios definiram uma equipe que trabalha com dedicação total para garantir a entrega de todos as provas antes do exame. "É uma operação completamente dedicada, não tem nada a ver com a operação de rotina dos Correios", afirmou o ministro. Na semana passada, a assessoria do órgão havia informado que a distribuição dos cartões com os locais do exame teve início nas cidades do interior e que, nesta semana, seriam entregues nas capitais.
Para evitar transtornos com a greve, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) disponibilizou em seu site a consulta aos locais de prova. O acesso é restrito, sendo preciso CPF e a senha recebida no ato da inscrição. No site, o estudante também pode imprimir o cartão de inscrição, necessário para realizar as provas, caso não receba a correspondência dos Correios. Confira o local de prova aqui
Obrigatoriedade do Enem
Durante a reunião da Comissão de Educação, Haddad também reforçou o desejo do governo de que o Enem se torne obrigatório para quem conclui o ensino médio. "Considero uma proposta muito positiva. A mera participação (no Enem) já tem cárater pedagógico importante", disse.
No entanto, o ministro lembrou que a obrigatoriedade do exame depende de acordo com os governos estaduais, que têm autonomia para gerir o ensino. Atualmente, apenas no Espírito Santo a participação no Enem é exigida dos alunos.
Bancários
No oitavo dia de greve, em São Paulo, Osasco e região, o número de bancários que aderiram à paralisação chegou a 29 mil, de acordo com balanço parcial do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Cerca de 681 locais de trabalhos ficaram paralisados na manhã desta terça-feira, sendo 17 prédios administrativos de banco.
A categoria está em greve desde 27 de setembro, após rejeitar proposta dos donos de bancos, que previa aumento real de apenas 0,56%. Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% (aumento real de 5% mais inflação do período), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, extinção da rotatividade, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades, melhoria do atendimento dos clientes e inclusão bancária sem precarização.
Após cinco rodadas de negociação, os banqueiros não aceitaram as reivindicações. A próxima assembleia será nesta quarta-feira. Com a greve dos bancários, aumentou a procura pelas casas lotéricas e pelos terminais de autoatendimento – alternativas para o pagamento de contas de telefone, água e luz, por exemplo.