E Tasso sai da toca
Quem disse que o governador tucano do Ceará, Tasso Jereissati, e o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, fizeram as pazes? Pois é. Depois de um breve período de armistício, os dois voltaram a dizer cobras e lagartos um do outro. Nas suas conversas com Roseana Sarney e os amigos do PFL da Bahia, Tasso tem acusado Serra e o ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira, de “verdadeiros fascistas”. Responsabiliza a ambos pela visita que a PF fez ao escritório empresarial do marido da governadora do Maranhão, o secretário de Planejamento Jorge Murad. Tasso desconfia de que a PF não procurava só material contra Murad na empresa. Os policiais também estariam instruídos a achar qualquer coisa ligando o marido de Roseana com o empresário Carlos Jereissati, irmão do governador do Ceará. Mas a turma próxima a José Serra não pretende passar recibo. A avaliação é de que só interessa a Tasso reacender a briga publicamente. Seria uma última tentativa de esvaziar a campanha do senador tucano, para se recolocar como candidato da conciliação entre PSDB e PFL.

Separação cearense
O líder do PTB na Câmara, Roberto Jefferson, informa: “Agora não tem mais volta. Fechamos as coligações com o PDT e o PPS em todos os Estados.” Inclusive no Ceará. Segundo ele, o candidato da aliança a presidente, Ciro Gomes, queimou as caravelas na antiga aliança com o governador tucano Tasso Jereissati. O irmão de Ciro, Cid Gomes, será candidato a governador pelo PPS, contra o tucano Lúcio Alcântara, escolhido por Tasso Jereissati.

TSE, o próximo alvo
O senador José Sarney (PMDB-AP) resolveu coordenar a revolta no Senado contra a uniformização das coligações, determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral. Com o argumento de que esta foi mais uma armação dos tucanos para favorecer a candidatura de José Serra, ele convenceu o líder do PFL, José Agripino Maia, de que o partido deve encampar a idéia de o Congresso votar um projeto derrubando a decisão do TSE.

A volta do velho fantasma
Ricardo Sérgio, ex-diretor do Banco do Brasil apontado pelos pefelistas como o “fantasma” da campanha de José Serra, reaparecerá neste terça-feira 12. Ele vai depor na 10ª. Vara Criminal de São Paulo, no inquérito que apura a privatização da Telemar.

Coincidência?
Quatro horas antes da invasão do escritório de Roseana Sarney, na sexta-feira 1º, FHC conversava com os deputados do PMDB baiano Benito Gama e Geddel Vieira Lima. Falavam sobre o caso Jader Barbalho e FHC elogiou tanto a atuação da Polícia Federal como a do Ministério Público. Lembrou que ele próprio foi investigado, mas que “é o estado de direito, bom para o País”. O presidente não mencionou o caso Roseana (até porque teoricamente nada sabia). Apenas teorizava…

“FHC apagou a palavra ‘ética’ do dicionário”
Do deputado Alexandre Cardoso (PSB-RJ) sobre
a guerra do PFL contra o PSDB e o governo

Rápidas

230 prefeitos do Nordeste receberam a grana do Fundo Nacional de Desenvolvimento Educacional (FNDE) e não prestaram contas. Simplesmente se fazem de mortos

De todos os ataques que recebeu do PFL, o que deixou o ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira, mais triste foi o do colega da Previdência, Roberto Brant. Eram muito amigos.

Sarneysista desde criancinha, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, resolveu marcar posição. Faltou à reunião de líderes com FHC na quinta-feira 7.