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Em Boston, onde mora, Gisele Bündchen pouco ligou e encarou como brincadeira, mas a nova campanha da marca Hope, que exibe seu corpo escultural, virou a polêmica da vez no Brasil. Alvo de denúncia da Secretaria de Políticas para a Mulher ao Conar (Conselho e Autorregulamentação Publicitária), os comerciais mostram a übermodel de vestido e depois de lingerie, ensinando como a mulher deve seduzir o marido na hora de dar uma má notícia. Após 11 reclamações, o órgão avaliou o conteúdo como sexista. “Foi uma surpresa. A Hope não é nada sexista”, reagiu Carlos Padula, diretor-comercial. A secretária de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, Aparecida Gonçalves, diz que a propaganda passa a ideia de que a mulher é frágil:

O comercial não pode ser também interpretado como uma forma de a mulher manipular o homem?
Aparecida Gonçalves – Não tinha nem pensado nisso. Na minha opinião, o que a propaganda mostra é a mulher enquanto objeto. Só tem poder de negociação se estiver seminua ou fazendo dengo.

Mas Gisele Bündchen não é bem uma mulher frágil…
Nós temos uma função: defender as mulheres. Quando uma denúncia chega à diretoria, nós não podemos ignorar.

Esse tipo de polêmica não serve para divulgar ainda mais a propaganda?
Infelizmente, no Brasil, os casos de porta de delegacia e outros tantos que fazemos por aqui têm pouca divulgação.