Show

 

(Rio de Janeiro, Praça da Apoteose, dia 9; Porto Alegre, Estádio Olímpico, 12; e São Paulo, Estádio do Pacaembu, 14 e 15) – Para os brasileiros, ver o grupo inglês Pink Floyd ao vivo e com sua formação original é um sonho que pode ser enterrado. Mas fã de verdade sabe que a alma da banda de rock progressivo era o baixista e vocalista Roger Waters, cujas composições levaram várias gerações de jovens a “viajar” junto com o conjunto. Foram experiências musicais em discos marcantes para a história do rock, como The dark side of the moon, de 1973, que até hoje vendeu mais de 20 milhões de cópias. Há dez anos sem se apresentar ao vivo, Waters traz ao Brasil a turnê In the flesh, nome de seu mais recente álbum, em shows de três horas, com intervalo. A produção garante que o som, os cenários e a iluminação serão exatamente iguais aos dos espetáculos americanos. Cinco estruturas sonoras circundarão as arenas, equipamentos especiais também estão sendo instalados para impedir a reverberação e o “atraso”, e telões laterais irão lançar imagens de um projetor de cinema 70mm. Como boa parte do repertório é baseada nos discos do Floyd, basta então fechar os olhos e imaginar que, em vez da sua nova banda de dez músicos, Waters está no palco vivendo os bons tempos com seus antigos parceiros. (Apoenan Rodrigues)
Vale a pena

 

Fotografia

 

 

 

(Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo) – Como bom oriental, o fotógrafo japonês Hiroshi Sugimoto busca apoio num método rigoroso de trabalho, calcado na paciência. Trata-se de uma obra conceitual e minimalista, que favorece a contemplação, mas é difícil de ser enquadrada nos modelos convencionais da fotografia. Desde 1976, Sugimoto, hoje com 54 anos, se atém a situações e objetos estáticos, inanimados, registrados em preto-e-branco. Seus focos carecem de mobilidade, mas jamais de beleza. Nesta miniretrospectiva de 47 fotos podem ser vistos dioramas – cenas montadas artificialmente – do Museu de História Natural de Nova York, ou imagens colhidas no famoso Museu de Cera de Madame Tussaud, de Londres. A técnica peculiar, que deixa o negativo mais exposto à luz, revela-se nítida e impressionante nas séries sobre teatros e cinemas e nos mares, que sugam o espectador para um universo totalmente plácido. (Celso Fonseca)
Vale a pena

Arte
¿Quantas somos? (Museu Brasileiro da Escultura, São Paulo) – Em sua primeira individual, a artista plástica carioca Anacelia de Gásperi adotou como tema o clássico do nu feminino. Mulheres esguias, com ares de top model, dividem o espaço com outras grávidas e gordinhas, sempre em meio a cores quentes e vivas. Mas a artista de 25 anos demonstra ter um repertório próprio é nas oito esculturas, feitas de jornal retorcido, posteriormente pintado de tinta acrílica, que tiram proveito da plasticidade das distorções. (Ivan Claudio)
Vale a pena

Retrospectiva Hiroshi Sugimoto

Roger Waters