Marjorie Standiford matou 12 pessoas juntamente com o marido, Lamont, e a amante Natalie, um trio que viajava em um Plymouth Roadrunner 440, modelo 1969, e que ficou conhecido como Sonic Killers. Horas antes de ser executada com uma injeção letal, Marjorie ditou suas lembranças para Stephen King. Não que se arrependesse de alguma coisa, mas odiou o sucesso que Natalie fez com as memórias dela. De fato, o título original de A mil por hora – confissões de speed queen (Record, 272 págs., R$ 29,90), um pesadelo que lembra o filme Assassinos por natureza, era Caro Stephen King. Acabou sendo trocado para que o autor Stewart O’Nan não corresse o risco de um processo milionário. O que não impediu sua aproximação com King e o reconhecimento por parte da crítica, ávida por novos bad boys.

Nascido em Pittsburgh em 1961, O’Nan, que tem esse nome mesmo e foi engenheiro, vai ver dois de seus livros chegarem às telas no próximo ano: Snow angels, de 1995, ainda não publicado no Brasil, cuja adaptação terá Amanda Peet e Kathy Beckinsale no elenco, e o próprio Speed queen, de 2001, estrelado e roteirizado por Christina Ricci. Para o autor, o livro realiza a fantasia americana que é entrar em um carro potente, se entupir de drogas, fazer sexo selvagem, assassinar um monte de gente e dirigir para o Oeste com o pé na tábua pela Rota 66.