O Rio de Janeiro ganhou a primeira linha regular de ônibus com motor a biodiesel do País. O coletivo vai da estação ferroviária Central do Brasil a Copacabana com uma mistura de 5% de biodiesel e 95% de óleo diesel. Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, já havia dado a largada à experiência em 2004, com um ônibus que servia ao campus da Universidade de São Paulo (USP). O coletivo carioca atende a um programa piloto do governo estadual. Seu combustível é produzido na pós-graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), que usa como matéria-prima o óleo de fritura da rede McDonald’s.

Hoje o preço do combustível é superior ao do diesel, mas a expectativa é de que o aumento na produção baixe os custos. Além da economia de divisas – o País importa 15% do diesel –, o biodiesel tende a reduzir a poluição ambiente e estimular a agricultura familiar. “No Rio, haverá um incentivo ao amendoim. No Nordeste, a idéia é estimular o plantio de mamona”, diz a pesquisadora Suzana Kahn Ribeiro, que há seis anos estuda tecnologias para viabilizar o combustível alternativo.