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Simone Bosco, preparadora física da Escola Fitness (São Paulo)

Uma caminhada diferente, que de longe lembra o esqui, começa a se disseminar pelo Brasil. É a caminhada nórdica, caracterizada pelo uso de dois bastões que ajudam a dividir o peso do corpo entre braços e pernas. A prática é conhecida na Europa e nos Estados Unidos. Na Finlândia, onde foi criada, 30% da população é adepta e é possível alugar os bastões em parques. Aqui no País, já é possível avistar praticantes no Rio de Janeiro. Em São Paulo, a Escola Fitness está iniciando a habilitação de interessados no método por meio da realização de workshops.

A técnica permitiria uma queima de 40% a mais de calorias em comparação à caminhada tradicional – e sem que o praticante tenha que aumentar a velocidade da passada. O ganho seria resultado do esforço exigido dos membros superiores para garantir o impulso na hora de andar. De quebra, trabalharia boa parte dos músculos e aumentaria a resistência cardíaca.

Inspirado no programa de treinamento do esqui nórdico, o método também confere estabilidade à postura. Por isso, é praticado por quem tem problemas nas articulações do joelho e do quadril e apresenta limitações nos movimentos da coluna vertebral. “Na Finlândia, é comum que idosos troquem a bengala pelos bastões”, disse à ISTOÉ o finlandês Risto Kasurinen, que adapta a técnica a programas de condicionamento físico.

Os bastões custam de R$ 200 a R$ 300. “Eles têm incrementos que aumentam a eficiência do exercício”, avalia o ortopedista Fábio Ravaglia, praticante e um dos introdutores da técnica no Brasil. Os aparelhos possuem alças que auxiliam na mobilidade e dois tipos de ponta: de borracha, para o asfalto, e de metal, para a prática na grama. O biólogo Guilherme Ramos, 39 anos, de São Paulo, comprovou na prática a eficiência dos bastões. “Experimentei e percebi que o rendimento aumenta muito”, diz.