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Quando o então presidente dos EUA Bill Clinton e o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair se reuniram na manhã do dia 26 de junho de 2000 para anunciar o primeiro grande esboço do genoma humano, o mundo da ciência parou. A descoberta da sequência completa de substâncias bioquímicas que compõem o DNA era comparada à chegada do homem à Lua. Em companhia dos chefes de Estado estavam o cientista Francis Collins, do consórcio público internacional Projeto Genoma Humano, e Craig Venter, da concorrente Celera. Responsável pelo feito, a Celera consumiu US$ 200 milhões e gastou menos de um ano para mapear 85% da sequência exata – só três anos depois seriam entregues os 98%, cerca de 3,1 bilhões de bases do DNA humano. Com esse grande passo dado pela humanidade, apostou-se na cura em médio prazo de doenças como o câncer ou o Alzheimer. Passada uma década, percebe-se que a grande mudança se deu na forma como as pesquisas são conduzidas nos grandes laboratórios. O trabalho que antes levava meses ficou reduzido com o acesso ao banco de dados do Projeto Genoma, o que em si já é um grande salto para novas descobertas. ISTOÉ foi a primeira revista semanal do País a realizar uma reportagem de capa sobre o Projeto Genoma.