O Brasil é palco de sérias e importantes discussões sobre arte, indústria cultural e desenvolvimento sustentável. Entre os dias
2 e 7 de dezembro, mais de 100 mil artistas, agentes e produtores do mundo todo, além
de 30 grandes investidores estrangeiros, participam, em Salvador, da quinta edição
do Mercado Cultural Mundial. O evento, que cresce a cada ano, foi criado a partir de uma rede internacional de agentes interessados
em promover a produção artística independente e de qualidade. Nos cinco dias de agito, a capital baiana é invadida por espetáculos de música, dança, teatro e artes visuais, além de workshops, palestras, debates e conferências. Especialistas de peso do mundo todo
sentam-se para discutir políticas culturais e desenvolvimento social por meio da arte, sobretudo nas regiões economicamente
mais pobres, com destaque para América Latina e África.

Entre os conferencistas estão Ana Milena Escobar Araújo, secretária executiva do Convênio Andres Bello – que reúne 12 países, inclusive o Brasil –, e Bernardo Jaramillo, da Rede Latinoamericana de Produtores Culturais. Na lista de temas dos debates estão: o impacto da tecnologia e dos conglomerados econômicos na indústria cultural; peculiaridades regionais e massificação; desenvolvimento sustentável; políticas culturais; e investimentos no setor. No ano passado, o Mercado
Cultural causou impacto econômico local de R$ 5 milhões e a expectativa é que neste ano o valor seja ainda maior. O idealizador da iniciativa,
Ruy Cezar Silva, diz que “o Brasil, com tanta diversidade cultural, é o lugar ideal para essa convocatória mundial”. O ministro da Cultura, Gilberto Gil, abre o evento.