A crise alimentar na Somália passou a ser um problema do governo brasileiro assim que a ONU e o Unicef revelaram na semana passada a extensão da fome naquele país: 750 mil pessoas correm risco de vida caso o socorro internacional não se intensifique e 1,5 milhão de crianças precisam de assistência imediata. O exemplo do Brasil é digno de ser seguido por outras nações: daqui saíram imediatamente navios com 4,5 mil toneladas de feijão, primeira parte de um total de 38 mil toneladas que devem ser doadas. Desde o início do ano a crise política no país foi agravada pela maior seca das últimas seis décadas. Como afirma Iam Bray, porta-voz da ONG Oxfam, “uma seca é uma ocorrência natural; uma fome generalizada é causada pelo homem.” Nesses casos as doações são apenas um alívio, um pouco de água em meio a um grande deserto. 


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