Em sua segunda exposição individual, a artista paulistana aprofunda sua observação da cidade e suas transformações arquitetônicas em oito telas inéditas. Entre o abstrato geométrico e um figurativo longínquo, as novas obras bebem da rica tradição construtiva da arte brasileira ao contrastar áreas chapadas com outras marcadas pela rugosidade e pelas pinceladas mais largas. O jogo de formas, cores e texturas, às vezes feito através de recortes e colagens de materiais diversos, ilustra plasticamente a deterioração de tudo. Não à toa, Janis usa como epígrafe do novo conjunto de obras a frase do poeta mexicano Octavio Paz, para quem “a pintura é como a ação do sol, a água, o sal, o fogo ou o tempo sobre as coisas.”