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Max GPinto: novo talento em Berlim

A Berliner Liste é a maior feira de arte da capital alemã. Expõe mais de cem galerias internacionais e recebe uma média de 13 mil visitantes por edição. Até aí, nenhuma novidade. Poderia ser mais uma feira no hiperinflacionado calendário europeu, mas o fato é que a Berliner Liste tem o notável diferencial de ser reconhecida como a “feira da descoberta” de novos talentos. Isso porque recebe inscrições não só de galerias, mas também de artistas autônomos, sem vínculos comerciais com marchands. Esse é o caso do fotógrafo paulistano Max GPinto, selecionado para expor na 8ª edição da Berliner Liste, na cidade que hoje é tida como a capital da arte jovem mundial.

Entre os 80 artistas expositores, a maioria é natural de Berlim, ou residente na cidade. Mas há também chineses, israelenses, franceses, suíços, russos, sérvios, norte-americanos. Além do brasileiro, nenhum outro latino-americano. Max GPinto expõe pinturas que dialogam com a linguagem da colagem, atualizando tradições que vão do objeto trouvé dadaísta à pop art. Destaque para a série intitulada “Errr”, realizada a partir de apropriações de prints fotográficas da agência Reuters de jornalismo. A intervenção do artista se dá na carga de tinta de impressora que “suja” – ou “pinta”, segundo o ponto de vista – a imagem. “A série remete aos avisos de erros nas impressoras mais antigas. O título vem da foto apropriada e as imagens mostram o nome das agências de notícias. É proposital, talvez tenha a ver com meus dois focos de trabalho, entre arte e jornalismo”, diz Max GPinto, que é pintor, fotógrafo e editor de fotografia da revista ISTOÉ.