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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de 0,37% em agosto, ante 0,16% no mês anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (6). No acumulado dos últimos 12 meses, o indicador usado pelo governo na meta oficial de inflação apresenta alta de 7,23% – maior nível desde junho de 2005, quando atingiu 7,27% neste tipo de comparação.

O resultado está acima da meta fixada pelo governo para este ano, que é de 4,5% ao ano, com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Apenas em 2011, o indicador registra avanço de 4,42%, valor superior aos 3,14% verificados no mesmo período do ano passado. Em agosto de 2010 a taxa havia ficado em 0,04%.

"Os alimentos, que haviam apresentado queda de 0,34% em julho, voltaram a subir de forma significativa em agosto, atingindo 0,72% de variação e causando impacto de 0,17 ponto percentual, o que representa 45% do índice do mês", afirma o IBGE em nota. A principal influência de alta veio das carnes, que subiram 1,84% ante queda de 1,12% na medição anterior.

Outra pressão veio, em menor intensidade, do grupo Habitação – que passou de alta de 0,27% em julho para 0,32% agora -, pressionado pelo aluguel residencial. Os custos de Vestuário aceleraram a alta para 0,67% ante 0,10%. Os de Artigos de residência subiram 0,57% nesta leitura, contra 0,03%. Já os preços de Transportes caíram, em 0,11% em agosto, após subirem 0,46% em julho.

O IBGE também divulgou os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para as famílias com renda até seis salários mínimos. Neste caso, a taxa teve alta de 0,42% e superou o resultado de julho (0,00%). O INPC acumula inflação de 4,14% no ano e de 7,40% nos últimos 12 meses.