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Ver o mundo do alto sem tirar os pés do chão. Esse é um dos prazeres que a Fotografia Aérea com Pipa (KAP, na sigla em inglês para Kite Aerial Photography) proporciona. Nesta modalidade, prende-se uma câmera na linha de uma pipa, ou papagaio, e o aparelho faz registros surpreendentes de um ângulo quase perpendicular ao chão. Para suportar o peso e ter estabilidade, a pipa chega a medir mais de dois metros de diâmetro e é feita com um tipo de náilon similar ao usado em para-quedas e em grandes balões. Empiná-la não requer habilidade maior do que a aprendida na infância.

Com um pouco de jeito e ajuda do vento, ela sobe graças ao design, que pode incluir varetas ou um mecanismo que faz a pipa inflar. A máquina é programada para fazer disparos num intervalo regular de tempo e, em geral, a pessoa não sabe o que vai sair. Desde o século XIX, existem registros feitos com o auxílio de pipas, sobretudo em guerras, para inspecionar com segurança o território inimigo, ou na cartografia, para a elaboração e o estudo de mapas.

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DE CIMA Máquinas digitais ajudaram a popularizar o hobby. Esta modalidade fotográfica surgiu no século XIX

Mas somente com o avanço tecnológico das máquinas digitais – cada vez menores, mais leves e com maior alcance – o hábito se opularizou. Na Europa e nos Estados Unidos, o equipamento é vendido até sob forma de kit. Mas a maioria dos kapers, como são chamados os adeptos, faz suas próprias invenções. O programador de informática e fotógrafo Ricardo Mendonça Ferreira é um deles. Seu modelo conta com um avançado sistema de controle remoto e um transmissor de vídeo para enxergar os registros do alto. “Em qualquer viagem carrego os aparelhos na mochila”, conta.

O mais importante é se certificar de que a câmera ficará bem presa à linha para fazer boas imagens e de forma segura, explica o fabricante de pipas e kaper Mauricio Pleiffer, de São Paulo. Depois, é só relaxar: “No alto, o equipamento desperta uma curiosidade quase infantil nas pessoas”, diz. É uma deliciosa brincadeira de adulto.

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