Cena frequente: um homem de mochila se dirige ao balcão de uma lanchonete e, com um cupom de desconto em mãos, pede um café. Nada de mais se o referido homem não fosse Gary Locke, o novo embaixador americano para a China – ele fez isso no aeroporto de Seattle, de onde voou para o seu novo posto diplomático. Locke foi a personificação destes tempos de crise nos EUA. Mais: na semana passada a China recebeu a visita de Joe Biden, ­vice-presidente americano. Empenhado em transmitir uma imagem de austeridade, já que se encontrava em solo do maior credor dos EUA, Biden foi almoçar em um restaurante simples acompanhado de quatro pessoas. Escolheu no cardápio sopa de macarrão. Total da conta: cerca de US$ 15. Biden também espelhou a crise em carne e osso – mais osso do que carne.