De fácil acesso mas de difícil tomada devido ao rigor dos horários e aos efeitos colaterais, como náuseas e aumento do colesterol, o uso do coquetel que bloqueia o avanço da Aids no organismo deu aos portadores do HIV a certeza de uma longa sobrevida. Sabe-se que o coquetel funciona se não for interrompido o tratamento. Um estudo publicado na revista médica americana PNAS procura agora pesquisar se o emprego do coquetel pode ser intermitente, justamente para alívio desses efeitos colaterais. A pesquisa contou com dez voluntários que alternaram, semana sim, semana não, a tomada do coquetel ao longo de 13 meses. A carga viral permaneceu estável e as taxas de colesterol diminuíram.

HIV transmitido por mordida

O primeiro caso de transmissão do vírus HIV por uma mordida foi estudado por médicos da Universidade Federal de São Paulo. Envolveu mãe e filho, esse último portador do vírus. Ele mordeu a mãe durante uma convulsão. Os médicos acreditam que a contaminação se deu devido à mistura de sangue – ele tinha ferimentos na boca e causou sangramento no braço da mãe. Não há risco de contaminação pela saliva. É a primeira vez que se verifica, numa mordida, a presença no receptor do mesmo tipo de HIV do transmissor.